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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

O MELHOR DE 2020: LIVROS



20. “Uma Ida ao Motel”,
de Bruno Vieira Amaral
Edição | Francisco José Viegas
Ed. Quetzal Editores, Abril de 2020

“(…) Esta unidade que marca a obra de Bruno Vieira Amaral assenta na sua peculiar forma de escrever, no seu gosto pelo detalhe, na descoberta do lado cómico que reside nas tragédias de cada um, na observação minuciosa dos pequenos nadas de que a vida é feita e, naturalmente, numa memória prodigiosa, fonte de alimento para as mais formidáveis narrativas (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/08/livro-uma-ida-ao-motel.html 



19. “A Vida no Campo”,
de Joel Neto
Ed. Marcador Editora, Maio de 2016

“(…) Tomando a forma de um diário, entre Lisboa e o Lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira, as estações do ano a pontuarem os ciclos naturais, “A Vida no Campo” devolve-nos o viver e o sentir de Joel Neto ao longo de um ano. Convocando histórias e memórias ou, simplesmente, observando e descrevendo o que se passa à sua volta, o autor abre uma janela sobre o campo, desmistificando uma certa visão romântica que dele se possa ter (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/01/livro-vida-no-campo.html



18. “Quando Perdes Tudo Não Tens Pressa de Ir a Lado Nenhum”,
de Dulce Garcia
Ed. Guerra e Paz Editores, Fevereiro de 2017

“(…) A beleza do livro está nessa força geradora de emoções que nos obriga a entrar nas suas páginas, ao encontro de pessoas que de repente passámos a conhecer e a compreender. Pessoas que não conseguem apagar a dor dando voltas ao quarteirão em noites de chuva, fumando cigarros atrás de cigarros ou bebendo duas garrafas de vinho até caírem para o lado. Pessoas que sofrem e que precisam do nosso abraço (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/08/livro-quando-perdes-tudo-nao-tens.html



17. “O Dia Em Que Estaline Encontrou Picasso Na Biblioteca”,
de Alice Brito
Ed. Editorial Planeta, Maio de 2015

“(…) Intercalando passado e presente, a autora vai narrando a história de uma família à medida que tece uma trama delicada e precisa do pulsar do Velho Continente. Este é também um trabalho de bastidor, sendo que o bastidor, neste caso, é “aquele aro de madeira onde se mete o bordado para esticar o pano e nele bordar com dedos finíssimos o desenho que a linha e agulha vão prosseguindo num prévio traçado de um olhar competente” (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/02/livro-o-dia-em-que-estaline-encontrou.html



16. “O Diabo Foi Meu Padeiro”,
de Mário Lúcio Sousa
Edição | Maria do Rosário Pedreira
Ed. Publicações Dom Quixote, Setembro de 2019

“(…) Da infame frigideira aos livros que Luandino Vieira aqui escreveu e que saíram da prisão graças à cumplicidade de uma mulher analfabeta, do fel constante na boca por conta da biliosa às “notícias da retrete” que chegavam via Rádio Moscovo, são infindáveis as histórias narradas neste livro que nos falam duma verdade que alguns teimam em querer ver apagada (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/03/livro-o-diabo-foi-meu-padeiro.html



15. “Luuanda”,
de José Luandino Vieira
Ed. Editorial Caminho, Novembro de 2019 (4ª edição)

“(…) Apostado num registo que pudesse reproduzir, de forma fiel, o linguajar corrente do angolano negro, o autor rompe com a norma portuguesa na literatura da antiga colónia e deixa-nos, a par com a “língua de prestígio”, deliciosos vocábulos como “monandengue”, “fanguista”, “quitata” ou “larar” e ainda um conjunto de expressões em quimbundo que conferem genuinidade e verdade aos textos (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/11/livro-luuanda.html



14. “Livro de Vozes e Sombras”,
de João de Melo
Edição | Cecília Andrade
Ed. Publicações Dom Quixote, Junho de 2020

“(…) Um livro muito bem escrito, capaz de devolver ao leitor o prazer da grande literatura, quer pela forma como nele se entretecem histórias, se combinam personagens e se desata o acessório para dar força ao essencial, quer pelo conteúdo, feito de factos que marcam um lugar e um tempo e cujas cicatrizes persistem naqueles que deles foram vítimas ou carrascos (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/11/livro-livro-de-vozes-e-sombras.html



13. “A Noiva do Tradutor”,
de João Reis
Ed. Elsinore, Fevereiro de 2018

“(…) Aproximando-se em demasia do objecto da sua escrita, João Reis mostra-se exímio na composição de figuras sórdidas e distorcidas, as quais percebemos por inteiro se guardando a devida distância. Povoado de imagens, sons e cheiros (!) – hilariante a passagem do cheiro a queimado durante a consulta com Madame Rasmussen – “A Noiva do Tradutor” é a afirmação de que leitura é sinónimo de prazer (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/03/livro-noiva-do-tradutor.html



12. “O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça”,
de Ana Margarida de Carvalho
Ed. Relógio d’Água, Novembro de 2019

“(…) Como um carreiro de formigas, que se alonga e alonga até dar a volta ao mundo, assim são as palavras alinhadas ao correr de “O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça”, prosa sem pausas, intensa, febril, que nos transporta a um certo Alentejo em finais da década de 1930, a Guerra Civil de Espanha a estender os estigmas do ódio, do terror e da morte ao lado de cá da fronteira, uma densa nuvem negra a atingir em breve a Europa e o Mundo (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/03/livro-o-gesto-que-fazemos-para-proteger.html



11. “A Visão das Plantas”,
de Djaimilia Pereira de Almeida
Ed. Relógio D’Água Editores, Novembro de 2019

“(…) Descrevendo os momentos de uma vida que, por serem os derradeiros, não são por isso mais importantes do que todos os demais, a autora revela-se uma atenta e dedicada investigadora dos mistérios e segredos que cada um guarda dentro de si (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/10/livro-visao-das-plantas.html



10. “O Fadário das Mulheres Insolentes”,
de Afonso Valente Batista
Ed. Edições Parsifal, Janeiro de 2020

“(…) Numa linguagem crua – como crua é a vida de quem tem na vontade dos ricos e poderosos a fronteira da sua ignorância -, o livro é um fortíssimo libelo acusatório de desigualdades e imoralidades, contrapondo a vingança à humilhação, a morte à redenção (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/06/livro-o-fadario-das-mulheres-insolentes.html



9. “O Beco da Liberdade”,
de Álvaro Laborinho Lúcio
Edição | Lúcia Pinho e Melo
Ed. Quetzal Editores, Setembro de 2019

“(…) Quem lê os dois romances de Álvaro Laborinho Lúcio não pode deixar de notar a enorme evolução no tratamento que o autor dá às personagens, aproximando-as do leitor, tornando-as mais humanas, clamando a nossa compreensão e, mais do que isso, a nossa conivência. É, pois, um livro que nos suga para o seu interior, mobilizando-nos pela beleza dos seus quadros realistas e pela força de uma escrita que combina, na dose certa, a inteligência e a elegância (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/12/livro-o-beco-da-liberdade.html



8. “O Poço e a Estrada – Biografia de Agustina Bessa-Luís”,
de Isabel Rio Novo
Edição | Rui Couceiro
Ed. Contraponto Editores, Fevereiro de 2019

“(…) Num misto de zelo e paixão que encanta e comove, Isabel Rio Novo recolhe os “rastos pessoais” possíveis daquela que a si própria se designou como “uma espécie de Dostoievsky” e, abraçando o desígnio de “chamar Agustina”, faz incidir sobre eles as suas qualidades de romancista, oferecendo ao leitor um relato vívido de Agustina, onde o divertido e o sério se elevam como marcas distintivas de uma vida que, em si mesma, encerra “um feixe de contradições” (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/04/livro-o-poco-e-estrada.html



7. “As Telefones”,
de Djaimilia Pereira de Almeida
Ed. Relógio D’Água Editores, Maio de 2020

“(…) Longe do exercício voyeurista de quem fica à escuta do lado de fora, aquilo que Djaimilia Pereira de Almeida convoca em “As Telefones” é a imersão plena no corpo e na mente destas duas mulheres à conversa à medida que crescem, sobreviventes aos seus próprios silêncios como duas campeãs de mergulho olímpico. Só o auscultador sujo de dedadas de gordura, as cortinas laranja de flanela suja, o perfume que teima em permanecer nas coisas e cinco dentes de leite guardados num pedacinho de algodão são verdadeiros (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/08/livro-as-telefones.html 



6. “Adius”,
de Vasco Gato
Ed. Abysmo, Fevereiro de 2020

“(…) Talvez a escrita de Vasco Gato não esteja destinada a agradar a todos, mas certamente não deixará ninguém indiferente. À poesia foi o autor buscar a arte de brincar com as palavras, de as dispor de uma forma muito própria, enchendo o ar de imagens e sons e fantasia, mesmo se as imagens são glaucas, os sons monotonais e a fantasia um homem curvado sobre o pavimento, o jorro a tingi-lo com a violência de um parto (...)” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/10/livro-adius.html



5. “Autobiografia”,
de José Luís Peixoto
Ed. Quetzal Editores, Julho de 2019

“(…) “Autobiografia” apresenta-se como um romance, assume-se como uma biografia (ou melhor dizendo, “texto ficcional de cariz biográfico”) mas a sua pedra de toque está no ensaio, na forma como o autor brinca com as palavras, expondo a imensidão de recursos de género e de estilo que habitam a Literatura e provando que não há limites para a escrita quando a imaginação é ilimitada (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/01/livro-autobiografia-de-jose-luis.html



4. “Amália – Ditadura e Revolução”,
de Miguel Carvalho
Edição | Francisco Camacho
Ed. Publicações Dom Quixote, Junho de 2020

“(…) Interessado na mulher e nas circunstâncias políticas que viveu, [Miguel Carvalho] dá conta de como atravessou dois regimes, vencendo “invejas artísticas e preconceitos ideológicos”, de como “sobreviveu a silenciamentos, calúnias e ataques, e até mesmo à sua morte antecipada – e do próprio fado –, tantas vezes proclamada.” Ao mesmo tempo narra a história de um país e de uma sociedade à luz do Estado Novo, da revolução e da construção democrática, revelando histórias de muitos daqueles que com ela se cruzaram, alguns dos quais não saem propriamente bem da fotografia (…).” Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/10/livro-amalia-ditadura-e-revolucao.html



3. “Deus-dará”,
de Alexandra Lucas Coelho
Ed. Tinta-da-china, Novembro de 2016

“(…) Com um olho na moral e outro no malandro, o que Alexandra Lucas Coelho faz é misturar a História, a Política, a Sociologia, a Etnologia e todas as restantes ciências sociais e humanas nesse enorme caldeirão fumegante que é a Cidade Maravilhosa, a pior cidade do mundo à excepção de todas as outras (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/04/livro-deus-dara.html



2. “Rapariga, Mulher, Outra”,
de Bernardine Evaristo
Ed. Elsinore, Setembro de 2020

“(…) Sem aligeirar nunca o sentido da mensagem, a autora conquista-nos rapidamente ao socorrer-se de uma linguagem simples, visualmente apelativa e de enorme eficácia, na qual é impossível não encontrarmos pontos de contacto com as nossas próprias vivências. Está feito o caminho para olharmos em volta e percebermos os verdadeiros obstáculos com os quais a mulher continua a deparar-se (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/10/livro-rapariga-mulher-outra.html



1. “Grande Sertão: Veredas”,
de João Guimarães Rosa
Ed. Companhia das Letras, Outubro de 2019

“(…) Por várzeas, córregos e veredas, João Guimarães Rosa menciona mais de quatro centenas de localidades reais, ao longo das quais nos faz sentir sóis escaldantes, chuvas intensas, o ferroar das mutucas, o sabor da mangaba, o cantar da fariscadeira, do sabiá-ponga ou do bem-te-vi. Em cada alto convida-nos a atentar na formusura de um rosto de mulher ou nas cores de um pôr-do-sol, da mesma forma que nos faz ver as pústulas de um lázaro ou a boçalidade de uns catrumanos. E põe-nos à fala com todos, usando termos de enorme valor etimológico, como matlotagem, enfolipado, esquipático, mandraca, pactário ou esmarte (…)”. Tudo para ler em https://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2020/12/livro-grande-sertao-veredas.html

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