Páginas

terça-feira, 6 de julho de 2021

CERTAME: 4ª. Bienal Internacional de Arte de Gaia 2021


[Clicar na imagem para ver mais fotos]

CERTAME: 4ª. Bienal Internacional de Arte Gaia 2021
Fábrica da Fiação de Lever
17 Abr > 10 Jul 2021


Evento dos mais significativos no panorama das Artes em Portugal, a Bienal Internacional de Arte de Gaia regressou ao espaço da antiga Companhia de Fiação de Crestuma, em Lever, para a sua quarta edição. Organizado pela Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural, CRL, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia e da Direcção-Geral das Artes, o certame congrega treze polos expositivos espalhados por três vastos pavilhões (mais um do que na anterior edição), ao encontro do trabalho de mais de quinhentos artistas de dezassete nacionalidades. Com propostas nos campos da pintura, escultura, desenho, fotografia e cerâmica, a 4.ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2021 surge deveras marcada pelo momento presente, “num ano desafiante, em que os artistas são chamados a expressar emoções e reações à pandemia, ao confinamento, ao impacto do coronavírus na nossa sociedade”, conforme refere o Director da iniciativa, Agostinho Santos.

Presença impactante nas nossas vidas e um dos destaques da Bienal, a pandemia é abordada de forma muito concreta através da Exposição Concurso “Coronavírus não Destrói a Criatividade”. O resultado global é deveras estimulante, não apenas pelas visões múltiplas face ao flagelo pandémico e pela extraordinária diversidade de formas de expressão artística delas decorrentes, mas também pelo agitar de consciências implícito, ao encontro do lema maior do certame, uma “Bienal de Causas”. Outro dos grandes momentos desta 4ª Bienal Internacional de Arte de Gaia é a exposição “A Democracia é uma Obrigação de Todos os Dias” e que resulta de um convite do curador Valter Hugo Mãe a vinte e cinco artistas plásticos e outros tantos escritores, daí resultando “vinte e cinco obras de Abril”. Uma oportunidade única para ver como se abraçam, sob um mesmo manto, nomes como os de Ana Torrie, Filipe Romão, Miguel Carneiro ou Susana Chiocca, por um lado e, por outro, Adolfo Luxúria Canibal, Daniel Maia-Pinto Rodrigues, João Paulo Esteves da Silva, Margarida Vale de Gato, Regina Guimarães, Rui Lage ou Valério Romão.

Destaque para a exposição “Novos Orientes”, com curadoria de Manuel Novaes Cabral, que junta fotografias e maquetas do projeto que Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira apresentaram na China e que ganhou o prémio Archdaily, bem como o habitual concurso internacional, que contou nesta edição com a participação de 212 artistas de 17 nacionalidades. Incontornável é, ainda, a Exposição “Artistas Convidados”, com curadoria de Agostinho Santos, permitindo “abraçar” muitos amigos queridos, de Elizabeth Leite, Ana Maria Pintora, Maria do Carmo Vieira e Gina Marrinhas, a Maria Afonso, Rosa Bela Cruz, Balbina Mendes, Álvaro Domingues e tantos outros. Finalmente, destaque para as exposições de homenagem ao pintor Albuquerque Mendes e ao escultor Paulo Neves, nas quais é possível apreciar um significativo conjunto de obras representativas de um percurso de excelência e que faz deles dois dos maiores vultos no panorama artístico nacional. Muito e bom para ver (ou rever), só até ao próximo sábado.

Sem comentários:

Enviar um comentário