CONCERTO: Mozart Group
Festival Internacional de Música de
Espinho
Auditório de Espinho – Academia
05 Jul 2019 | sex | 22:00
Provando o eclectismo da sua
extraordinária programação, a 45ª edição do Festival
Internacional de Música de Espinho propôs ao público, desta vez,
uma combinação de virtuosismo musical com a mais pura diversão,
convidando para o efeito o talentoso quarteto polaco Mozart Group. E
a surpresa não poderia ser maior. Nos seus trajes absolutamente
formais, Filip Jaślar, Michał Sikorski, Paweł Kowaluk e Bolesław
Błaszczyk deram um recital de gargalhadas do primeiro ao último
momento, mesclando a música de Haydn, Mozart ou Beethoven, com a de
Michael Jackson, Beatles ou os Abba. Com a dose exacta de non sense,
muito humor e imaginação e um domínio fabuloso dos respectivos
instrumentos, lograram, assim, juntar o útil ao agradável,
seduzindo os amantes da boa música, mas também os aficcionados da
mímica e do burlesco, através duma explosão irresistível e
contagiante de ritmos e de risos.
Com os acordes clássicos do Minuetto de Luigi Boccherini e da Pequena Serenata Nocturna de Mozart a ecoarem na sala a abrir o Concerto, rapidamente a música “resvalou” para as suas “versões” western, tirolesa, iídiche e flamenca. O mote estava dado, saindo reforçado com a revelação de que “o rock'n'roll nasceu nos anos 50... do século XVIII”. A prova disso foram a Toccata e Fuga de Bach ou a valsa Danúbio Azul de Strauss interpretadas como se de Chick Webb, Big Joe Turner ou Jim Allen e os seus Cometas se tratasse. Voltando-se para um repertório mais contemporâneo, o quarteto voltou a arrancar do público saborosas gargalhadas com My Heart Will Go On de Céline Dion para o filme Titanic, com uma versão muito própria de Beat It de Michael Jackson ou com o “sketch” Como Impressionar uma Mulher, vindo ao de cima uma enorme capacidade de arrancar aos instrumentos – que não apenas violinos, viola e violoncelo - os mais improváveis sons.
Com os acordes clássicos do Minuetto de Luigi Boccherini e da Pequena Serenata Nocturna de Mozart a ecoarem na sala a abrir o Concerto, rapidamente a música “resvalou” para as suas “versões” western, tirolesa, iídiche e flamenca. O mote estava dado, saindo reforçado com a revelação de que “o rock'n'roll nasceu nos anos 50... do século XVIII”. A prova disso foram a Toccata e Fuga de Bach ou a valsa Danúbio Azul de Strauss interpretadas como se de Chick Webb, Big Joe Turner ou Jim Allen e os seus Cometas se tratasse. Voltando-se para um repertório mais contemporâneo, o quarteto voltou a arrancar do público saborosas gargalhadas com My Heart Will Go On de Céline Dion para o filme Titanic, com uma versão muito própria de Beat It de Michael Jackson ou com o “sketch” Como Impressionar uma Mulher, vindo ao de cima uma enorme capacidade de arrancar aos instrumentos – que não apenas violinos, viola e violoncelo - os mais improváveis sons.
Evidenciando a universalidade da música
nas suas formas mais variadas, o Mozart Group fez do tempo do
concerto um tempo de boa disposição. Ainda que tocando os instrumentos
como se de um grupo de Mariachis se tratasse, marcando o ritmo ao
toque de uma bola de pingue-pongue, extraindo música de um balão,
batendo os pés a compasso ou fazendo do violoncelo uma bela mulher
com quem se dança o tango, nunca deixaram de impressionar pela
qualidade da sua música, os excertos do Bolero de Ravel, do Peer
Gynt de Grieg ou da ária da Rainha da Noite da ópera A Flauta
Mágica de Mozart sendo disso a prova provada. O número final, já no
encore, trouxe da plateia para o palco um muito aclamado “Luciano
Pavarotti”, para uma interpretação estonteante de O Sole Mio, ao
lado de outros dois “tenores”. Foi a cereja no topo do bolo de
uma noite que não se irá apagar da memória por muito tempo.
[Foto: facebook.com/auditoriodeespinhoacademia/]
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