TEATRO: “Lulu”
A partir de |
“Espírito da Terra” (1903) e “A Caixa de Pandora” (1904), de
Frank Wedekind
Encenação | Nuno M. Cardoso
Encenação | Nuno M. Cardoso
Dramaturgia | Nuno
M. Cardoso e João Luis Pereira
Cenografia | Nuno
Carinhas
Interpretação | Afonso Santos, António Afonso Parra,
Catarina Gomes, Daniela Cruz, João Cardoso, João Melo, Mafalda
Lencastre, Nuno Cardoso, Nuno M. Cardoso, Sara Garcia e Vera
Kolodzig
Produção | Teatro Nacional de S. João
Teatro Carlos
Alberto
17 Jun 2018 | dom | 16:00
FITEI – Festival
Internacional de Teatro de Expressão Ibérica
Há peças das quais gostamos muito,
outras assim-assim e outras que, definitivamente, não nos caem no
goto, comportam pouco valor acrescido, tornam-se fastidiosas, representam uma enorme perda de tempo. Ora, “Lulu” encaixa-se
nesta última categoria. Não porque o texto não seja bom – esta é
a história duma mulher que vive na opulência mas que repudia a dependência dos vários maridos que vão surgindo na sua vida e
acaba a prostituir-se nas ruas de Londres –, mas porque assenta
numa encenação medíocre, sem chama nem brilho, confrangedoramente
à margem de qualquer lampejo de imaginação.
Dando vida à mesma personagem em diferentes momentos da acção, Vera Kolodzig, Catarina Gomes e Sara Garcia jamais conseguem fazer passar a ideia de “mulher fatal” inerente à condição da protagonista, antes pactuam com o tom baço e cinzentão da peça, afundando-se no estereótipo. Particularmente penoso é o último acto, os “clientes” a sucederem-se, o tom monocórdico dos diálogos a eternizar-se, a paciência do espectador já completamente esgotada de tanto vai e vem estéril de ideais, opaco de sentido. Com “Lulu”, o FITEI 2018 dá um verdadeiro “tiro no pé”. Ou talvez não. Afinal, sempre é necessária uma excepção para que qualquer regra se confirme. E a regra dita que o nível deste FITEI seja enorme.
[Foto: facebook.com/FestivalFITEI]
Dando vida à mesma personagem em diferentes momentos da acção, Vera Kolodzig, Catarina Gomes e Sara Garcia jamais conseguem fazer passar a ideia de “mulher fatal” inerente à condição da protagonista, antes pactuam com o tom baço e cinzentão da peça, afundando-se no estereótipo. Particularmente penoso é o último acto, os “clientes” a sucederem-se, o tom monocórdico dos diálogos a eternizar-se, a paciência do espectador já completamente esgotada de tanto vai e vem estéril de ideais, opaco de sentido. Com “Lulu”, o FITEI 2018 dá um verdadeiro “tiro no pé”. Ou talvez não. Afinal, sempre é necessária uma excepção para que qualquer regra se confirme. E a regra dita que o nível deste FITEI seja enorme.
[Foto: facebook.com/FestivalFITEI]
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