Páginas

sábado, 21 de dezembro de 2019

O MELHOR DE 2019: TEATRO



10. “Afonso Henriques”
Dramaturgia, encenação e espaço cénico | João Brites
Interpretação | Juliana Pinho, João Neca, Miguel Jesus, Nicolas Brites, Rita Brito
Produção | Teatro O Bando

"(...) Fundindo a história com a lenda, O Bando recria, ao seu jeito muito próprio, os passos do fundador da nacionalidade, envolvendo o público na trama e cativando-o pelo trocadilho, pelo ritmo e pelo humor. Neste sentido, o grupo faz mais pelo ensino da História em 60 minutos do que todos os manuais em infindáveis tempos lectivos (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/03/teatro-afonso-henriques.html




9. “Vidas Íntimas”
Texto | Noël Coward
Encenação | Jorge Silva Melo
Interpretação | Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues
Produção | Artistas Unidos

"(...) Os diálogos são importantes, naturalmente, mas a espontaneidade de Rúben Gomes, oferecendo-nos um “dandy” divertido e extremamente convincente ou de Rita Durão, num desempenho marcadamente caricatural, assumindo a personagem com total entrega, quase os dispensam. Também Tiago Matias e Vânia Rodrigues se mostram excelentes no seu papel de cônjuges traídos, muito contidos na pose, o ar de quem está perdido, completamente ultrapassado pelos acontecimentos, mas ainda assim teimando em mostrar que a situação está perfeitamente dominada (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/11/teatro-vidas-intimas.html



8. “Passa-Porte”
Texto | André Amálio
Co-criação e interpretação | André Amálio, Selma Uamusse e Tereza Havlíčková
Produção | Hotel Europa
Centro de Artes de Ovar

"Uma mulher viaja pelo Gana e visita a Fortaleza de Elmina, edifício histórico inscrito na lista do património da humanidade classificado pela UNESCO e um dos mais importantes pontos de escala na rota de escravos do Atlântico. Dessa visita guarda a atmosfera tensa que emana daquelas paredes, a brutalidade das situações apenas adivinhadas e um cheiro a sangue que teima em resistir à passagem do tempo (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/10/teatro-passa-porte.html



7. “Isto É Um Negro?”
Encenação | Tarina Quelho
Dramaturgia | Mirella Façanha, Tarina Quelho
Interpretação | Ivy Souza, Lucas Wickhaus, Mirella Façanha, Raoni Garcia
Produção | Equem Égosta?

"(...) Bebendo a sua filosofia nos escritos de Angela Davis, Fred Moten, Achille Mbembe, Bell Hooks, Grada Kilomba, Frantz Fanon, Sueli Carneiro, Mano Brown e Aimé Cesaire, a peça é um fortíssimo libelo sobre o racismo enquanto problema que é de todos, que não apenas dos negros, clamando pelo fim de um sistema discriminatório, escravocrata e cruel. No final, a mensagem passa de forma clara: O racismo é real e sinalizá-lo, identificá-lo ou denunciá-lo não é um capricho saída da exclusiva cabeça da pessoa negra. Somos todos culpados, a todos cabendo a responsabilidade de extirpar o mal!". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/09/teatro-isto-e-um-negro.html



6. “Para Vós”
Criação e Direcção Artística | Claudia Andrade
Interpretação | Claudia Andrade e sete seniores
Produção | A Caravana – Associação Cultural

“(...) Ficar viúva e ter de começar a vida de novo, emigrar para França nos idos de 1968, aprender a nadar no Centro Português de Caracas, entrar para a função pública e receber uma casa, dar dois contos do primeiro ordenado aos pais e ficar com 750$00 para si, regressar em 1975 numa ponte aérea ou o nascimento do primeiro neto são alguns dos factos marcantes da vida destas avós, partilhados com toda a naturalidade e dispostos num “estendal de estórias” comovente e sensível (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/05/teatro-para-vos.html



5. “Amores Pós-Coloniais”
Criação | André Amálio
Co-criação e movimento | Tereza Havlíčková
Interpretação | André Amálio, Júlio Mesquita, Laurinda Chiungue, Pedro Salvador, Romi Anauel, Tereza Havlíčková
Produção | Hotel Europa

“(...) André Amálio, Tereza Havlíčková e o restante elenco fazem questão de partilhar com o público o seu próprio testemunho, a surpresa que foi escutarem as histórias de violência gratuita no estalar do conflito armado nas antigas províncias ultramarinas, a surpresa ao perceberem a forma como uma mulher negra era espiada à mesa para garantir se comia com garfo ou simplesmente com as mãos, a surpresa de verem como outra mulher negra, acompanhada do filho ainda criança, foi racial e sexualmente atacada num autocarro em Lisboa, a surpresa de sentirem o medo na alma do homem negro que foge e se esconde nas ruelas do Bairro Alto, nessa mesma noite em que um português, Alcino Monteiro, foi cobardemente assassinado por um bando de cabeças rapadas, apenas porque a cor da sua pele era diferente. A surpresa – meu Deus, a enorme surpresa! - de ver os comportamentos e atitudes do líder desse mesmo bando branqueados num programa de televisão em Portugal. Não em 1995, à data do crime, não vinte anos depois, mas em 2019. Na manhã de 3 de janeiro de 2019. E uma palavra sobe-nos à boca, como um vómito: vergonha! (...)”. Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/05/teatro-amores-pos-coloniais.html



4. “Alice no País das Maravilhas”
Encenação | Maria João Luis, Ricardo Neves-Neves
Adaptação | Ricardo Neves-Neves, a partir de Lewis Carroll

Interpretação | Ana Amaral, Beatriz Frazão, Beatriz Maia, Helena Caldeira
Produção | Teatro da Terra, Teatro do Eléctrico

“(...) É impossível ficar indiferente ao tom fantasioso da peça e não mergulhar no seu universo, tão ricos os detalhes, tão intrinsecamente ritmada a acção. A partir daqui, é fácil entrar no jogo, estar em palco ao lado de Alice, mandar um chuto no rabo do Coelho Branco, gozar com a gaguez do Dodô e, de nariz empinado, mandar bugiar a Rainha de Copas. Tão fácil como sermos minúsculos ou gigantes como reflexo das nossas acções (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/02/teatro-alice-no-pais-das-maravilhas.html



3. “Banda Sonora”
Texto e encenação | Ricardo Neves-Neves
Composição e orquestração | Filipe Raposo
Interpretação | Ana Valentim, Joana Campelo, Márcia Cardoso, Rita Cruz, Sílvia Figueiredo, Tânia Alves
Produção | Teatro do Elétrico

"(...) Depois foi “só” trabalhar um cenário engenhoso, uma fenomenal caracterização e figurinos, a justeza e harmonia da coreografia e do movimento, ainda a música tocada ao vivo por uma orquestra jovem e competente e, naturalmente, a interpretação notável das actrizes em palco, o todo arquitectado num ambiente deliciosamente fantástico e irreal, a fazer lembrar o universo delirante de Tim Burton ou de algumas das mais belas histórias da Disney (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/04/teatro-banda-sonora.html



2. “Ermelinda do Rio”,
Texto | João Monge
Encenação e interpretação | Maria João Luis
Produção | Teatro da Terra

“Rebentaram as águas da terra, que está grávida de morte e lama (...) O Portugal de Salazar não quis que a tragédia falasse da sua real dimensão. “Não quiseram que se soubesse. Nós sabíamos de nós, o problema era sabermos dos outros. E os outros saberem de nós. E todos sabermos que somos imensos. Mortos. Todos pobres. Todos mortos. Mortos com a morte dos pobres (…)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/11/teatro-ermelinda-do-rio.html



1. “Sopro”
Texto e encenação | Tiago Rodrigues
Interpretação | Cristina Vidal, Isabel Abreu, Romeu Costa, Vítor Roriz, Beatriz Brás e Sofia Dias
Produção | Teatro Nacional D. Maria II

"(...) Podia falar deste espectáculo interminavelmente, da enorme dimensão humana do texto, da solução cénica de colocar três pontos e não um em palco, de como nas marcações há todo um sofisticado enredo coreográfico, das situações mais burlescas e que arrancam ao público saborosas gargalhadas, de como o desenho de luzes é um espectáculo dentro do espectáculo, escondendo sem esconder Cristina Vidal ou desse momento, já perto do final, em que a sequência de frases sopradas adquire uma dimensão épica. Fico-me por Cristina Vidal. Com Cristina Vidal (...)". Tudo para ler em http://errosmeusmafortunaamorardente.blogspot.com/2019/06/teatro-sopro.html

Sem comentários:

Enviar um comentário