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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: Prémio Estação Imagem 2021 Coimbra


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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: Prémio Estação Imagem 2021 Coimbra
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Centro Português de Fotografia
04 Dez 2021 > 06 Mar 2022


Tal como vem acontecendo de há uns anos a esta parte, o Prémio Estação Imagem 2021 Coimbra mostra-se no Centro Português de Fotografia. Reunindo obras de onze artistas, entre prémios principais e menções honrosas, a mostra reflecte o olhar dos premiados nas categorias “Notícias”, “Assuntos Contemporâneos”, “Vida Quotidiana” e “Retratos”, para além dos grandes prémios para a melhor fotografia e melhor série de imagens. Começando por esta última, o Prémio Estação Imagem 2021 foi atribuído a Gonçalo Delgado com o trabalho “ReGenesis”, conjunto de imagens que pude ver anteriormente na Casa dos Crivos, no âmbito dos Encontros da Imagem de Braga [comentário AQUI]. No tocante à “Fotografia do Ano”, o prémio foi atribuído a Brais Lorenzo Couto com uma foto intitulada “Aniversário” que representa um grupo de trabalhadoras do lar de idosos San Carlos de Celanova, Galiza (Espanha), celebrando o 98.º aniversário de Elena Pérez, duas semanas depois de esta ter recuperado da infecção por coronavírus. Ainda nesta categoria, “Incêndio Florestal”, de Nuno André Ferreira, obteve uma Menção Honrosa.

João Porfírio conquistou o prémio na categoria “Notícias” com uma série intitulada “Manifestações Contra o Racismo”. As imagens documentam as manifestações violentas que se seguiram à morte do afro-americano Walter Wallace, de 27 anos, abatido pela polícia de Filadélfia com pelo menos 10 tiros, que se justificou com o facto de que Wallace teria supostamente empunhado uma faca no meio da rua. Na categoria “Assuntos Contemporâneos”, Ana Brígida com os seus “Super-Heróis” foi a grande vencedora, mostrando os trabalhadores da Junta de Freguesia de Santo António em Lisboa vestidos de super-heróis enquanto trabalham durante o primeiro confinamento devido à pandemia do covid-19. Ainda nesta categoria, “Surda Cegueira”, de José Fernandes, acompanha o quotidiano de César Casanova que nasceu surdo e aos 9 anos começou a perder a visão. Hoje com 29 anos, ele estuda Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e tem o sonho de um dia escrever um livro e dar aulas a surdos e cegos. Este trabalho valeu ao seu autor uma Menção Honrosa.

“O Buraco”, de Tiago Fonseca, leva-nos até Agrações, pequena aldeia a cerca de 25 quilómetros de Chaves, onde apenas doze pessoas a habitam em permanência. Vivem da agricultura, dos animais que criam, e também da apanha da castanha. Não há horas de folga ou fins de semana, como também não há saneamento básico nem água corrente. Retrato de um país cheio de desigualdades, “O Buraco” conquistou o Prémio na categoria “Vida Quotidiana”. Com “Mãe”, uma história sobre vida e resiliência, Francisco Romão Pereira conquistou uma Menção Honrosa nesta categoria. Por último, na categoria “Série de Retratos”, Leonel de Castro arrebatou o Prémio com o trabalho intitulado “Despojos de Guerra” que reflecte sobre a forma como a Guerra Colonial hipotecou ou aniquilou o futuro de milhares de jovens portugueses, deixando cicatrizes, físicas e psicológicas, em quem lá andou. Nesta categoria foram atribuídas Menções Honrosas a Pedro Gomes Almeida, com “Entre as Margens do Ser”, e a Paulo Nunes dos Santos com “Home: Projetando o Intangível em Tempo de Isolamento”. Para ver até ao próximo dia 06 de Março.

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