CERTAME: 6ª. Bienal Internacional de Arte de Espinho
Museu Municipal de Espinho
25 Abr > 19 Jun 2021
“Constitui-se como uma forma de pensar a arte contemporânea nestes tempos mais adversos que estamos a viver, transformando-a num poderoso meio de comunicação cultural e levando-a até ao grande público através da imaginação e criatividade de artistas oriundos de diversas paragens deste nosso planeta, que embora enfermo, não deixa de ser um espaço de oportunidades para a construção de um identidade estética, que se quer diferente nas suas formas e cores, livre por natureza, mas sempre fraterna e desempoeirada.” É desta forma que se apresenta a sexta edição da Bienal Internacional de Arte de Espinho, certame organizado pela Câmara Municipal de Espinho e pela Junta de Freguesia de Espinho, com o patrocínio da Solverde.
Podendo ser vista até ao próximo dia 19 de Junho no amplo espaço das galerias do Museu Municipal de Espinho, a Bienal de 2021 acolhe 61 obras nas áreas do desenho, pintura e escultura, seleccionadas de um total de 240 candidaturas. São obras cujo posicionamento artístico é decididamente contemporâneo, original e inovador, e de inegável qualidade estética, técnica e artística. Ao mesmo tempo, são obras que reflectem a visão dos artistas e a forma como se posicionam face ao mundo, sendo particularmente relevantes as propostas “Artista Imigrante” de Samuel Ornelas, “2021” de Cris DK., “Estranheza Familiar II”, de Irina Sandulescu, “Senti Sem Ti”, de Inês Paixão e “Pequena Sereia: SOS ou omito”, de Diogo Nogueira, a obra que arrebatou o Prémio Solverde, Casinos - Hotéis.
Das restantes obras presentes nesta edição, destacaria “Ensaio sobre a experiência de ser inútil” de Pedro Cunha, obra que seria agraciada com uma menção honrosa, “Segundo Azul” de Simão Martinez e “Waiting”, de Marta Belkot, também ela merecedora de uma menção honrosa. “Eis dite à vista”, a peça de Ana Torrie que se impõe bem no centro de uma das galerias, foi para mim um reencontro e não me canso de a admirar, para além da mensagem implícita e que remete para “Inferno” de Dante, pela sua qualidade técnica, labor e enorme beleza. “A mão tem língua”, uma cerâmica de Carolina Garfo, um excelente óleo sobre tela, de João Abel Mota, intitulado “Interior com um corpo e um pássaro ou a recepção do espírito santo” e ainda “GRETE SAMSA Love & Life” de Migvel Tepes e “Entre Montanhas” de Fernando Aranda González, igualmente merecedor de uma menção honrosa, completam as propostas que geraram em mim uma maior admiração.
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