CONCERTO: António Zambujo
Estúdio33 Drive in, Ansião
11 Jul 2020 | sab | 22:00
Adivinhava-se uma noite memorável em Ansião, no especialíssimo espaço de Luís de Matos, o Estúdio33 Drive in, vestido de gala para receber António Zambujo. Todavia, à excelência do cantor e à originalidade do formato do concerto, quis juntar S. Pedro a voz dos céus, fazendo desabar uma violenta trovoada sobre a terra que acabou por se tornar numa protagonista involuntária das quase duas horas de espectáculo. Ao cabo da segunda música já se fazia subir uma cobertura para abrigar o cantor, mas com cinco músicas decorridas a pausa tornava-se inevitável perante o recrudescer da tormenta. A tenda não seria o local mais seguro para alguém se abrigar de uma trovoada e a chuva era agora particularmente intensa. Zambujo saiu com a promessa de voltar... e voltou!
Os relâmpagos ainda riscavam o céu quando a música se fez ouvir de novo, após uma pausa de vinte minutos, aproximadamente. Tropicalíssima, a temperatura pedia que se abrissem as janelas e “Menina Estás à Janela” não podia vir mais a propósito neste recomeço. Os temas seguintes foram uma viagem pelas músicas do mundo, “No Rancho Fundo”, “João e Maria”, “Cucurrucucu Paloma” ou “Valsinha” a rivalizarem com “Rosinha dos Limões”, “Nem Às Paredes Confesso” ou “Fui Colher uma Romã”, as sombras tutelares de Vinicius De Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso ou do nosso Max a pairar sobre o palco. E porque concerto de António Zambujo não é concerto sem um bom par de “clássicos”, houve tempo – naturalmente – para “Pica do 7”, “Lambreta”, “Algo Estranho Acontece”, “Catavento da Sé”, “Zorro”, “Flagrante” e “Readers Digest”.
Importa falar, enfim, deste conceito de concerto que proporciona ao público o encontro com os seus artistas preferidos e, ao mesmo tempo, respeita os necessários padrões de segurança face a uma pandemia que teima em manter-nos a todos em estado de alerta. E sobre isto, o mínimo que se pode dizer é que a organização se mostrou absolutamente impecável. Das recomendações básicas enviadas por mensagem algumas horas antes do concerto, ao controlo de entradas e saídas no recinto e aos indispensáveis serviços de apoio onde não faltou um bar “cash free”, tudo correu na perfeição. O público pode ouvir o concerto com uma qualidade inexcedível, sintonizando os auto-rádios numa frequência fornecida no momento, os ecrãs gigantes trouxeram aos espectadores um cheirinho das grandes salas de concerto do mundo e o próprio António Zambujo se dispôs a autografar os pára-brisas de algumas viaturas no final do concerto. A isto o público respondeu com sonoras buzinadelas, dando mostras do seu entusiasmo. Inesquecível!
Estúdio33 Drive in, Ansião
11 Jul 2020 | sab | 22:00
Adivinhava-se uma noite memorável em Ansião, no especialíssimo espaço de Luís de Matos, o Estúdio33 Drive in, vestido de gala para receber António Zambujo. Todavia, à excelência do cantor e à originalidade do formato do concerto, quis juntar S. Pedro a voz dos céus, fazendo desabar uma violenta trovoada sobre a terra que acabou por se tornar numa protagonista involuntária das quase duas horas de espectáculo. Ao cabo da segunda música já se fazia subir uma cobertura para abrigar o cantor, mas com cinco músicas decorridas a pausa tornava-se inevitável perante o recrudescer da tormenta. A tenda não seria o local mais seguro para alguém se abrigar de uma trovoada e a chuva era agora particularmente intensa. Zambujo saiu com a promessa de voltar... e voltou!
Os relâmpagos ainda riscavam o céu quando a música se fez ouvir de novo, após uma pausa de vinte minutos, aproximadamente. Tropicalíssima, a temperatura pedia que se abrissem as janelas e “Menina Estás à Janela” não podia vir mais a propósito neste recomeço. Os temas seguintes foram uma viagem pelas músicas do mundo, “No Rancho Fundo”, “João e Maria”, “Cucurrucucu Paloma” ou “Valsinha” a rivalizarem com “Rosinha dos Limões”, “Nem Às Paredes Confesso” ou “Fui Colher uma Romã”, as sombras tutelares de Vinicius De Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso ou do nosso Max a pairar sobre o palco. E porque concerto de António Zambujo não é concerto sem um bom par de “clássicos”, houve tempo – naturalmente – para “Pica do 7”, “Lambreta”, “Algo Estranho Acontece”, “Catavento da Sé”, “Zorro”, “Flagrante” e “Readers Digest”.
Importa falar, enfim, deste conceito de concerto que proporciona ao público o encontro com os seus artistas preferidos e, ao mesmo tempo, respeita os necessários padrões de segurança face a uma pandemia que teima em manter-nos a todos em estado de alerta. E sobre isto, o mínimo que se pode dizer é que a organização se mostrou absolutamente impecável. Das recomendações básicas enviadas por mensagem algumas horas antes do concerto, ao controlo de entradas e saídas no recinto e aos indispensáveis serviços de apoio onde não faltou um bar “cash free”, tudo correu na perfeição. O público pode ouvir o concerto com uma qualidade inexcedível, sintonizando os auto-rádios numa frequência fornecida no momento, os ecrãs gigantes trouxeram aos espectadores um cheirinho das grandes salas de concerto do mundo e o próprio António Zambujo se dispôs a autografar os pára-brisas de algumas viaturas no final do concerto. A isto o público respondeu com sonoras buzinadelas, dando mostras do seu entusiasmo. Inesquecível!
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