Páginas

quarta-feira, 4 de março de 2020

LUGARES: Museu Calouste Gulbenkian - Colecção Moderna


[Clicar na imagem para ver mais fotos]

LUGARES: Museu Calouste Gulbenkian – Colecção Moderna 
Avenida de Berna, Lisboa 
Horário | De quarta a segunda, das 10h00 às 18h00 
Preçário | All-inclusive (colecções + exposições temporárias) 12,50 €; Museu (Colecção do Fundador + Colecção moderna) 10,00 €. Desconto de 50% a visitantes até 29 anos e a partir de 65 anos. Entrada gratuita a menores de 12 anos e domingos a partir das 14h00 
Site | https://www.gulbenkian.pt/museu/colecao-moderna/ 


De mais do que uma maneira, a Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian pode ser entendida como tendo início onde a Coleção do Fundador termina. A Fundação foi criada após a morte de Gulbenkian, em 1955, e começou imediatamente a apoiar um vasto leque de atividades, em particular no campo das artes visuais, quer em Portugal quer no estrangeiro, com destaque para o Reino Unido e para o Médio Oriente. Esta internacionalização precoce relacionava-se com o facto de Calouste Gulbenkian ter sido cidadão britânico cuja fortuna provinha da emergente indústria petrolífera na região do Golfo. É desta altura que data a reunião das primeiras obras que virão, ao longo do tempo, a constituir aquela que é considerada a mais completa colecção de Arte Moderna portuguesa. 

Reunida no edifício que se localiza na parte sul do jardim, projeto do arquiteto Sir Leslie Martin (1983), a Colecção Moderna é apresentada ao longo dos três principais pisos do edifício. Inevitavelmente, a coleção é mais representativa na segunda metade do século XX, sobretudo após 1983. A arte portuguesa está, no entanto, representada desde o início do século XX, e é esta amplitude temporal que aqui se mostra, reforçada por alguns empréstimos de outras colecções. Englobando obras de Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva, Paula Rego e Almada Negreiros, a Colecção Moderna reúne mais de 1200 artistas e está organizada segundo períodos marcantes da história de Portugal ao longo do século XX. 

A linha temporal desenvolvida no piso inferior propõe uma introdução à história de Portugal ao longo do século passado, acompanhada por material documental impresso da Biblioteca de Arte, que permite mapear a cambiante cena cultural. Um exemplar da primeira edição de “Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes, um programa da exposição de Sarah Affonso na Galeria Dominguez Alvarez, a capa do single “Portugal na CEE”, dos GNR, ou uma foto icónica do 25 de Abril, rivalizam com desenhos de Paula Rego, Mily Possoz, Carlos Botelho ou Mário Eloy. As mostras de pintura e escultura, nos pisos superior e térreo, seguem a mesma trajetória, começando no início do século XX e trazendo-nos até à atualidade. Oportunidade única para apreciar obras tão icónicas como “Orpheu”, de José de Almada Negreiros, “Porque a Alma Vive Eternamente”, de Malangatana, “Novas Figurações – 6 Personagens”, de Maria Gabriel ou uma “Cabeça / Busto”, de Jorge Barradas, entre muitas outras.

Sem comentários:

Enviar um comentário