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sábado, 13 de julho de 2019

CONCERTO: Pedro Melo Alves' in Igma



CONCERTO: Pedro Melo Alves' in Igma
Jazz no Parque 2019
Ténis do Parque de Serralves
06 Jul 2019 | sab | 18:00


Forte, intenso e cheio de personalidade. Poderia ser uma apreciação ao Roquefort, mas trata-se de Pedro Alves Melo' in Igma, o concerto de abertura da 28ª edição do Jazz no Parque e que fez praticamente esgotar o espaço do Ténis do Parque de Serralves na tarde do passado sábado. Todavia, e tal como sucede com o celebrado queijo francês, este é um género de música que muito deve ao improviso e que tem de ser entendida para se poder apreciar. E eu não apreciei!

Talvez a minha flexibilidade para estender as fronteiras do jazz a este “aprofundar a pesquisa pela música erudita contemporânea aliada às práticas da improvisão” não seja tão flexível assim. Pedro Melo Alves é um nome que reconhecemos da área do jazz, este é um Festival de Jazz, mas aquilo que ouvimos, no meu conceito, não é jazz. Talvez seja mais uma questão de “mecânica acústica e três vozes”, como dizia um espectador à saída, como eu desencantado com o que escutara. Mas há gente bem mais entendida do que eu nesta matéria e nem sequer me atrevo a questionar as opções do programador, Rui Eduardo Paes. Mais a mais, o projecto está na estrada e este fim de semana tem por palco o Hot Club de Portugal, a catedral do jazz no nosso país.

Este “in Igma” seguiu a linha das anteriores edições do Jazz no Parque, juntando músicos nacionais e de outros países nas mesmas formações, em projectos propositadamente criados para a sua apresentação no Ténis de Serralves. Para o efeito, o baterista Pedro Melo Alves contou com o apoio de um grupo de músicos oriundos de diferentes universos: Aubrey Johnson, Beatriz Nunes e Mariana Dionísio na voz, Eve Risser no piano, Mark Dresser no contrabaixo e Abdul Moîmeme na guitarra eléctrica preparada e objectos sonoros. A terminar, fica uma questão (que nem será para um milhão de euros): Valerá a pena nova incursão no universo de Pedro Melo Alves? Claro que sim. Só desta forma se apuram os gostos e se formam as mentes. Tal como com o Roquefort.

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