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sexta-feira, 14 de junho de 2019

CERTAME: 5ª. Bienal Internacional de Arte de Espinho


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CERTAME: 5ª. Bienal Internacional de Arte de Espinho
Museu Municipal de Espinho
25 Abr > 22 Jun 2019


Está a chegar ao fim a 5ª. Bienal Internacional de Arte de Espinho, certame que, ao longo de dois meses, juntou na extraordinária galeria de exposições do Museu Municipal de Espinho criadores de ambos os sexos - recorde-se que as quatro edições anteriores, designadas “Bienal Internacional Mulheres d’Artes”, faziam uma certa distinção de género, algo que foi agora, muito justamente, abolido. Importa desde já partilhar uma ideia que mais não é do que uma repetição daquilo que afirmei no espaço do blogue sobre a Bienal de Gaia, há duas semanas atrás: É que não é todos os dias que, num mesmo espaço, qualidade e quantidade se oferecem aos nossos olhos sob a forma de arte. Foi, pois, imerso em criações de enorme interesse e beleza que percorri o espaço que acolhe este certame, ao encontro do muito que de bom se vai fazendo entre nós.

Mário Vitória, Isabel e Rodrigo Cabral e Sofia Areal foram os artistas convidados desta mostra, apresentando os seus trabalhos ao lado de um conjunto de obras de 41 artistas nacionais e estrangeiros, selecionados a partir de 268 candidaturas de criadores de 17 países. O peso dos nomes dos convidados, porém, não toldam aqueles dos concorrentes, alguns porque também já conquistaram o seu espaço no meio artístico e têm o “seu público”– citaria Balbina Mendes e Maria Beatitude a título de exemplo –, e outros que, por via de trabalhos magníficos e que o júri desta Bienal viria a distinguir, se revelam plenos de genialidade e talento.

“It Was Yesterday”, um óleo sobre tela do jovem vimaranense Rafael Oliveira representando o interior em ruínas de uma habitação, é um trabalho notável, o enorme rigor da composição a remeter para a fotografia e a prender o visitante pela sua beleza intrínseca. Ombreando com ele, podemos ver “Salomé”, outro óleo sobre tela da autoria de Manuel Rodrigues Almeida, “Oscilações”, uma composição de Fábio Araújo sobre pano cru cosido, “Ninho”, de Carmo Diogo, usando técnica mista sobre lençol de linho e o sublime “Composição com Tecidos 4-18”, um trabalho em acrílico sobre juta e lona de algodão cosidos, da autoria de Daniela Ribeiro, isto para citar apenas alguns dos trabalhos expostos. Mas o melhor é passar pelo Museu Municipal de Espinho e fazer a sua própria avaliação. A mostra encerra a 22 de Junho.

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