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EXPOSIÇÃO: “Para a
Construção do Museu de Causas”,
de Adias Machado, Agostinho Santos,
Alberto Péssimo, António Franchini, Avelino Rocha, Balbina Mendes,
Danilson Fernandes, Diogo Goes, Do Carmo Vieira, Eduardo Castro,
Elizabeth Leite, Emília Viana, Fernando Barros, Filipe Rodrigues,
Florentina Resende, Francisco Laranjo, Gérard Morla, Grupo GIA,
Humberto Nelson, Ícaro, Isaura Sousa, Jayme Reis, José Rodrigues,
José Silva, Júlio Resende, Liseta Amaral, Luis de Melo, M. Barroso
Gomes, Maria Afonso, Otília Santos, Ricardo de Campos, Ricardo
Cardoso, Rosa Úbeda, Rui da Graça, Sérgio D'Azeredo, Sérgio Reis,
Susana Bravo, Valter Hugo Mãe
Casa Municipal da Cultura de Estarreja
30 Mar > 01 Mai 2019
Ao longo de todo o mês de Abril, o
projecto museológico “Para a Construção do Museu de Causas /
Coleções Agostinho Santos” instala-se na Casa Municipal da
Cultura de Estarreja, através de uma exposição representativa das
colecções que irão integrar o futuro museu gaiense. Com curadoria
da artista plástica Maria Afonso, esta mostra reúne 50 obras de 38
artistas de várias origens geográficas, formações artísticas e
sensibilidades estéticas, unidos pela consciência da
responsabilidade social do artista.
Tendo como ponto de partida o trabalho
de investigação “Paleta Contemporânea – Museu de Causas”,
título da tese de doutoramento de Agostinho Santos em Museologia da
Faculdade de Letras e Faculdade de Belas Artes da Universidade do
Porto, este é um projecto que consiste na elaboração de um
processo que incorpora um acervo de mais de 6.500 obras de arte,
entre desenho, pintura, escultura e objectos, constituído por uma
colecção de trabalhos da autoria do seu mentor e outra
composta por trabalhos de mais de 350 artistas, maioritariamente
portugueses. Pretende-se, assim, que o “Museu de Causas / Coleções
Agostinho Santos” se assuma como instituição museológica de
âmbito nacional, que se afirme como um verdadeiro centro cultural e
se transforme num polo catalisador da arte contemporânea em
Portugal, protagonizando o desenvolvimento do processo criativo e das
suas potencialidades de intervenção social.
Enquanto isso, o projecto vai-se
“construindo” e fazendo o seu caminho. Depois de uma mostra
inaugural em Gaia, há sensivelmente um ano, e da passagem por
Santa Marta de Penaguião, Gondomar e Seia, eis que chega agora a
Estarreja com novos artistas e novas peças. Esta é uma oportunidade
única de apreciar um conjunto de obras significativas de diferentes
correntes estéticas mas com uma idêntica preocupação na mensagem
que veiculam, a da denúncia dos flagelos sociais que assolam o
mundo. Nesta verdadeira “família” em torno da arte, o artista é
um defensor de causas. Da crise dos refugiados ao flagelo dos
sem-abrigo, das profundas desigualdades sociais às catástrofes
ecológicas, o dedo que denuncia é o do artista, que encontra na
obra criada uma forma de inquietar o mundo. Inquietemo-nos, pois!
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