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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “Acasos
Objetivos”,
de Carlos Magno
Reitoria da Universidade do Porto
(extensão na Livraria Lello)
21 Mar > 26 Mai 2019
“SEMIÓTICA
substantivo feminino
1. Ciência dos modos de produção, de
funcionamento e de recepção dos diferentes sistemas de sinais de
comunicação entre indivíduos ou colectividades. = SEMIOLOGIA
2. Esta ciência aplicada a um domínio
particular da comunicação.”
Foi durante a sua passagem pelo
Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação
Social, ao qual presidiu entre 2011 e 2017, que o jornalista Carlos
Magno decidiu impor-se a si mesmo um “código de silêncio”,
suspendendo a actividade jornalística e exilando-se na máquina
fotográfica. Do cruzamento entre a objectividade do olhar e o acaso
dos pequenos nadas de que a vida é feita, viria a nascer um
verdadeiro “manual ilustrado” de semiótica urbana, agora
condensado nesta exposição “Acasos Objetivos” e que pode ser
vista no corredor nascente da Reitoria da Universidade do Porto, com
uma pequena extensão na Livraria Lello, ali a dois passos.
Em “Acasos Objetivos”, perspicácia,
olhar inteligente e humor requintado são parte importante dum
processo de selecção e recolha de imagens, organizado e intuitivo à
vez. O resto é essa necessidade intrínseca de partilha da
informação, dessa verdadeira paixão pela comunicação. É assim
que Carlos Magno nos dá a ver um conjunto de sinais e símbolos que,
nos valores e conceitos que carregam, evidenciam o pulsar duma cidade
e das suas gentes, a essência do seu viver e sentir. Assentes em
novas linguagens artísticas, eles são, as mais das vezes, a expressão da voz de
quem não tem voz, a prova provada da democratização dos espaços
públicos, a sua utilização comum plenamente assumida.
Inadvertidas ou premeditadas, inocentes
ou brejeiras, frontais ou carregadas de segundos sentidos, de apoio
ou de protesto, pessoais ou universais, cada uma das mensagens é um
momento na vida de todos e de cada um. Um “Portugal” às avessas
com a chegada da troika, a euforia colectiva do golo de calcanhar dum
argelino de nome Madjer, um rapaz “esmagado” no trânsito
citadino, um semáforo que “está verde” mesmo se está vermelho
ou um assertivo “nós somos fodidos...” são poemas visuais que
estão ali, aos olhos de todos, mas nos quais poucos reparam. Também
por isso se torna obrigatório ver esta exposição. De ora em diante,
o nosso olhar sobre a cidade não mais será o mesmo!
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