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CERTAME: Open House Porto 2018
Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia
30 Jun > 01 Jul 2018
Espalhado por 65 espaços das cidades
de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia, o Open House Porto 2018
voltou a ser uma grande festa da arquitectura, atraindo, segundo os organizadores, quase 32.000 visitantes. Das grandes
infraestruturas e fábricas em laboração à reputada arquitetura
portuguesa moderna de Matosinhos, das reconversões de Caves de Vinho
do Porto aos armazéns industriais históricos ao longo da marginal
de Gaia ou das fábricas, casas de ilha, tipografias, oficinas,
clubes, hotéis e palácios aos meios de transporte e comunicação,
hospitais, quartéis, pontes ou cemitérios do Porto, o certame
revelou uma abrangência incomum, com tudo para agradar a todos.
Difícil foi mesmo escolher.
Com a minha disponibilidade limitada a um dia apenas, a
opção passou por um critério de proximidade geográfica para que
fosse possível abarcar o maior número de espaços a visitar,
privilegiando as visitas comentadas. A única visita não comentada
teve lugar no edifício da Câmara Municipal do Porto e nela
destacaria a extraordinária obra de Guilherme Camarinha plasmada nas
tapeçarias que forram as paredes da Sala das Sessões. No Clube
Fenianos Portuenses, o Arquitecto Luis Aguiar Branco deu uma
verdadeira lição de urbanismo, falando do projecto do edifício,
com assinatura de Francisco Oliveira Ferreira e das vicissitudes por
ele sofridas, ampliando essa discussão a vários outros espaços da
cidade, muitos deles infelizmente desaparecidos.
No Museu Militar do Porto, foi possível
fazer uma visita comentada por uma das técnicas daquela instituição,
acompanhando o período negro deste edifício de finais do século
XIX, quando aqui funcionou a delegação no Porto da PIDE/DGS. Não
muito longe daqui, no Reservatório de Água Nova Sintra, um Técnico
das Águas do Porto comentou a visita ao espaço, colocando
particular ênfase no facto de ser esta a maior infraestrutura de
armazenamento de água da cidade. O Arquitecto Carlos Machado e Moura
comentou a visita ao Edifício Garagem Passos Manuel, um ícone da Art
Deco na cidade, projectado por Mário Abreu, valorizando o seu carácter vanguardista e encontrando relações com o vizinho Coliseu. Finalmente, o
grande momento do dia foi mesmo a visita ao Palácio do Bolhão,
brilhantemente comentada pelo Arquitecto José Gigante e que mostrou,
da forma mais simples, como a arquitectura é uma arte.
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