LUGARES: Núcleo Museológico de Favaios - Pão e Vinho
Rua Direita, Favaios
Horários | Segunda-feira a Domingo, das 10h00 às 18h00 [21 de Março a 11 de Novembro] e das 10h00 às 17h00 [12 de Novembro a 20 de Março]
Ingressos | € 2,00 (bilhete normal)
Contactos | Telefone: 259 950 073; E-mail: museu.favaios@cm-alijo.pt
Inserido numa vila que já teve foral e foi sede de concelho, o Núcleo Museológico de Favaios – Pão e Vinho encontra-se localizado nas proximidades dos antigos Paços do Concelho e integra a Rede de Museus do Douro. Inaugurado em Julho de 2012, este núcleo museológico pretende fazer a apologia de dois produtos ou riquezas inerentes a esta Vila, tendo como missão a preservação, documentação, interpretação e divulgação das tradições e saberes ligados ao pão e vinho Moscatel de Favaios. O pão de Favaios é sobejamente conhecido e goza de grande reputação na região, fruto das inúmeras padarias a laborarem ao longo do tempo e da qualidade intrínseca a este produto. Quanto ao vinho, neste caso específico o Moscatel de Favaios, não será menos conhecido e goza de fama dentro e fora das nossas fronteiras. O Núcleo Museológico de Favaios – Pão e Vinho conjuga assim duas das maiores riquezas locais, convidando a uma aliciante viagem no tempo, ao encontro destes seus dois verdadeiros ex-libris.
Espalhando-se por três áreas distintas mas complementares entre si, a exposição permanente dá a possibilidade ao visitante de conhecer os processos associados à produção do Vinho Moscatel bem como da farinha de Favaios, havendo ainda um núcleo de raiz arqueológica e etnográfica que se debruça sobre as origens e desenvolvimento desta localidade. O núcleo dedicado ao Vinho está recheado de belíssimas fotografias da autoria de Egídio Santos. Nele aprendemos que o Moscatel de Favaios tem a sua origem numa casta específica, o moscatel galego, que se sente em casa neste planalto metido entre os relevos durienses. Num expositor espreita-se o subsolo e a forma como o xisto e a argila se conjugam. Uma mesa preparada para o efeito convida-nos a destrinçar os aromas do vinho, o mel e a tangerina, a tília e a uva-passa. Há ainda um suporte onde são mostradas as cores do vinho ao longo do tempo, variando entre o laranja vivo do favaíto (três anos) até uma cor escura, quase negra, de um moscatel centenário.
Os lagares escavados na rocha, atestando a produção de vinho já na época romana, são mostrados através de fotos dispostas ao longo de um corredor que marca a transição para o núcleo do pão. Aqui, nova experiência sensorial, desta vez táctil, sendo possível perceber as várias texturas por que passa o cereal desde o grão até à sua transformação em farinha. Num breve vídeo, Manuela Barriguda, a padeira mais famosa da terra, explica todo o processo de confecção do afamado trigo de quatro cantos. À imensa panóplia de instrumentos ligados ao Vinho e ao Pão – onde não faltam imagens de rótulos do período “Arte Nova”, cujas reproduções são apresentadas em garrafas, em painéis de suporte às garrafas e num puzzle de cubos pensado para entretenimento das crianças em acções do serviço educativo – juntam-se informações complementares que em muito enriquecem a visita. Os homenageados - Pão e Vinho - saboreiam-se no final, com vista para as vinhas douradas que se estendem a perder de vista.
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