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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

CERTAME: 7.ª Bienal Internacional de Arte de Espinho


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CERTAME: 7ª. Bienal Internacional de Arte de Espinho
Museu Municipal de Espinho
01 Jul > 30 Set 2023


O Museu Municipal de Espinho acolhe, até 30 setembro, o seu evento de referência no âmbito das grandes mostras de artes plásticas nacionais e internacionais - a Bienal Internacional de Arte de Espinho. Mostra de expressões artísticas que se realiza a cada dois anos, a Bienal deu o pontapé de saída no ano de 2011 e vai já na sua 7ª edição, assumindo-se como a grande “imagem de marca” do Museu. Ao mesmo tempo, constitui-se cada vez mais como plataforma alargada de divulgação e promoção das artes plásticas, bem como de reconhecimento das respetivas criadoras e criadores. Assim foi uma vez mais na edição deste ano, com um conjunto de cerca de meia centena de obras a merecerem um lugar de destaque nas Galerias Amadeo de Souza-Cardoso, a valência do Museu dedicada a exposições de Arte. São essas obras que o visitante vai poder apreciar, percebendo a grande variedade de géneros, estilos e suportes que as distinguem entre si e tornam a mostra extraordinariamente eclética, abrangente, desafiante e emotiva.

Com a obra “Palimpsest (memory, family and repetition)”, Eva Resende conquistou o primeiro prémio da Bienal Internacional de Arte de Espinho, com o júri a destacar, “enquanto pintura, um processo de representação estreitamente ligado a uma lógica de arquivo, da memória, da linguagem escrita e de um processo de manufactura pictórico e da imagem.” O segundo prémio foi atribuído à obra “The Pool”, de Ricardo Passos pela “qualidade da pintura, a composição da obra numa grelha narrativa, embora fragmentada com uma componente poética num tratamento formal entre o recorte da paisagem e do lugar, por exemplo uma janela, enquanto lugar de intimidade, a casa.” Quanto ao terceiro prémio - “Prémio Especial do Júri”, foi atribuído à obra “Calçada #2”, de Ana Ferreira. Para justificar a sua escolha, “o Júri atendeu à prática do desenho, como objeto escultórico no espaço do espectador de que o seu título ‘Calçada #2’ remete para uma ideia poética de itinerário, do qual só ficamos a conhecer uma parte, dado o tratamento formal do objeto.”

As menções honrosas foram atribuídas a “Sem título” de Josefina Dias, “Paisagens Cinzentas” de Neide Carreira, “Leva-me este recado ao cais” de Samuel Ornelas, “(de)CODE,(de)COMPOSITION de Susana Chasse e “Anémonas Brancas” de Setas Ferro. Numa óptica muito pessoal, destacaria também “Set off with an intention” de Susana Bravo, pela fidelidade a um universo pessoal que pontua toda a sua obra. “Subtilezas” de M. Lurdes Pinto revela-nos os jogos de luz numa paisagem de sombras. “Fora da Caixa” de Idalina Rosa é um imaginativo e poético “tangram”. “Family Tree” de Alvarenga Marques desconstrói a formalidade do retrato, acrescentando-lhe um toque de rebeldia. “Kristalwerk” de Marques Calvino faz uma aproximação feliz ao universo da Arte Bruta. “Dum Spiro Spero” de Daniela Reis é um notável conjunto de quatro pinturas, quatro reflexões sobre os problemas que ensombram os nossos dias. “Cordillera” de Fernando Aranda destaca-se pelo tom classicista. Finalmente, “Can you observe me, please?” é um brilhante exercício de composição que coloca em perspectiva o real e o aparente.

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