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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

EXPOSIÇÃO: "Red Light - Sexualidade e Representação na Colecção Norlinda e José Lima"


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EXPOSIÇÃO: “Red Light – Sexualidade e Representação na Colecção Norlinda e José Lima”
Vários artistas
Curadoria | Sandra Vieira Jürgens
Centro de Arte Oliva
26 Set 2020 > 14 Mar 2021


“Red Light” apresenta uma seleção de obras da Colecção de Arte Norlinda e José Lima, tendo como ponto comum a abordagem à sexualidade, desdobrada em múltiplos tópicos, tanto apresentados em complemento contrapontístico como em confronto dissonante: a representação do corpo, a nudez masculina e feminina, o erotismo, a fantasia, o desejo e a dor, o objecto e o sujeito, o prazer e a dominação, os lugares da representação feminina, o olhar masculino, o voyeurismo, o exibicionismo e a auto-representação na arte.

Falar de sexualidade e da relação entre corpos durante uma pandemia que obriga ao retraimento e mesmo à abstenção de contacto físico é também reflectir sobre as consequências do distanciamento enquanto ele se exerce. A fragilização simultânea do indivíduo e da comunidade, condicionados pelo medo do contágio, que espaço e que condições permite ao desejado encontro coletivo e individual dos corpos? E que papel pode ter a evocação do erotismo (ou a vocação erótica) da arte na reavaliação do desejo e do risco numa sociedade doravante mais atenta ao significado e implicações da proximidade física?

As obras expostas organizam-se à margem de uma visão monolítica do tema, da cronologia e da tentativa de categorização de movimentos, misturando diferentes origens e períodos. A exposição integra trabalhos de mais de setenta artistas, entre os quais Alberto García-Alix, Albuquerque Mendes, Álvaro Lapa, Andres Serrano, Eduardo Arroyo, Graça Pereira Coutinho, Gonçalo Pena, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Penalva, Júlia Ventura, Pedro Casqueiro, Mauro Cerqueira, Muntean/Rosenblum, Nancy Spero, Rosa Carvalho, Ricardo Valentim, Vasco Barata e Sam Samore.

A partir deste panorama transgeracional, de múltiplas abordagens a uma dimensão essencial e fundamental da existência, “Red Light” cria um espaço liberto de convenções, moralismos e manifestos, que convida ao contacto sensitivo e intuitivo com as obras, reivindicando o prazer visual e assumindo a atracção do erotismo pictórico e fotográfico.

[Extraído do programa da exposição, em texto assinado por Sandra Vieira Jürgens]

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