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domingo, 29 de novembro de 2020

Vemos, ouvimos e lemos... #18



1. Numa altura em que Ovar celebra a inscrição do “Cantar dos Reis” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, está patente ao público no Museu Júlio Dinis uma exposição dedicada a António Dias Simões, dilecto filho da terra e grande arauto da tradição do Cantar dos Reis, para além de historiador, poeta, dramaturgo, comediógrafo, pintor, miniaturista e calígrafo. Em “150 Anos do Nascimento de António Dias Simões 1870 – 2020”, o visitante é convidado a recuar a um tempo determinado pela memória, revivendo com “o devido respeito e imensa gratidão a grandeza deste homem e a mística que alimentava naquelas obras que o projectavam na comunidade vareira”. Fotografias de época, recortes de jornais, correspondência vária e uma detalhada linha cronológica constituem o cerne desta exposição que se irá manter aberta ao público até ao dia 03 de Abril do próximo ano.

2. Instalada no primeiro andar do Centro de Memória, em Vila do Conde, a Galeria Julio assinala 118 anos do nascimento de Julio-Saúl Dias com a exposição “Julio e a memória da arte popular”. Patente até 09 de Maio do próximo ano, a exposição integra um conjunto de óleos, desenhos e peças de cerâmica da coleção da Câmara Municipal de Vila do Conde, da autoria de Julio e doados por José Alberto Reis Pereira, filho do artista. Trata-se de peças desconhecidas da maioria do grande público onde se inclui um conjunto de figurado em barro de Estremoz. Esta nova proposta expositiva contribuirá certamente para dar a conhecer uma faceta para muitos desconhecida de Julio: o seu enorme interesse pela arte popular e a atividade de colecionador. Assim, nesta exposição, será possível ao visitante conhecer obras de cerâmica que o próprio executou e que também coleccionou, o que permitirá explorar as relações entre a sua obra plástica e a rica tradição popular de cerâmica em Portugal.

3.  O Circuito Aberto de Arte Pública de Paredes é o resultado de uma iniciativa da Câmara Municipal de Paredes que visa dotar a cidade de obras de arte geradoras de um percurso urbano que ilustra a diversidade de linguagens da arte contemporânea e que exprime diferentes possibilidades de intervenção no espaço público. Composto por 18 obras criadas por reconhecidos artistas nacionais e internacionais – com destaque para João Cutileiro, Fernanda Fragateiro, Rui Chafes, António Olaio, José Pedro Croft e Artur Fontinha -, o circuito configura um património artístico de grande atualidade, criado no quadro da operação de regeneração urbana e de dinamização cultural que o núcleo urbano de Paredes conhece com vista à sua definição enquanto Cidade Criativa focada no Design de Mobiliário. O projeto é da autoria do arquiteto Belém Lima e a sua implementação ficou a cargo da Escola de Artes da Universidade Católica, através do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes.

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