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domingo, 25 de outubro de 2020

LUGARES: Museu de Lanifícios


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LUGARES: Museu de Lanifícios
Rua Marquês d’Ávila e Bolama, Calçada do Biribau e Estrada do Sineiro, Covilhã
Horário | terça a domingo - 10h00 -13h00 e 14h30 - 18h00 (Núcleo da Râmolas do Sol com acesso livre pelo exterior)
Ingressos | 3,00 € (normal)


O Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior foi instituído com a finalidade de salvaguardar a área das tinturarias da Real Fábrica de Panos, uma manufatura de Estado, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. Com o lema “os fios do passado a tecer o futuro”, é um museu de ciência e tecnologia cuja missão consiste em defender uma “conservação ativa” do património têxtil, bem como a investigação e divulgação da tecnologia associada ao processo de industrialização dos lanifícios. A contextualização antropológica, económico-social, cultural, político-institucional e ambiental é outra das suas finalidades, permitindo afirmá-lo como um centro de interpretação da rota turística peninsular Rota da Lã - Translana.

Distribuindo-se por três lugares distintos da cidade da Covilhã, este é um museu polinucleado que integra o núcleo da Real Fábrica de Panos, focalizado no período da pré e proto industrialização dos lanifícios (séc. XVIII), bem como o núcleo da Real Fábrica Veiga, Centro de Interpretação dos Lanifícios e sede do Museu desde 2004, no qual estão implantadas as valências de Núcleo Museológico da Industrialização dos Lanifícios (séculos. XIX e XX) e de Centro de Documentação / Arquivo Histórico dos Lanifícios. Ao ar livre é ainda possível visitar o núcleo das Râmolas de Sol, constituído por um conjunto de râmolas de sol e um estendedouro de lãs.

Durante séculos, o trabalho dos lanifícios dominou a economia da Covilhã e da região envolvente. Mergulhar neste património industrial é percorrer uma paisagem com características próprias, distinguindo a cidade-neve no contexto nacional. Tão importante quanto o impacto visual suscitado pelas numerosas fábricas e as suas chaminés, são as memórias que perduram e que devem ser preservadas e transmitidas às gerações futuras, pela identidade e coesão que conferem às gentes da região. Daí que compreender o ciclo da lã, os processos de tingimento ou o funcionamento dos antigos teares seja tão importante como as memórias de industriais e operários que dedicaram a sua vida à actividade fabril e que reflectem a importância dos testemunhos físicos e simbólicos de uma cultura industrial milenar. É isto que uma visita ao Museu de Lanifícios tem para oferecer.

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