CIRCO CONTEMPORÂNEO: “Sinergia
3.0”
Ideia original e direcção | Jorge
Silvestre
Dramaturgia e apoio à direcção |
Oscar Diéguez “Churun”
Interpretação | Isaac Posac,
Miguel Frutos, Josu Montón, Jorge Silvestre
Cenografia | Alfonso Reverón
(Colectivo Supermanazas)
Coreografia | Iris Muñoz
Marionetas | Fernando Barta
Composição musical | Vaz Olivier
Produção | Compañia Nueveuno
60 Minutos | Maiores de 6 anos
Cine-Teatro de Estarreja
07 Dez 2019 | sab | 21:30
Do grego συνεργία (“syn-”,
que significa “união” e “-ergía” correspondente a “unidade
de trabalho”), o nome deste espectáculo remete para o conceito de
cooperação: Combinação dos esforços coordenados de dois ou mais
elementos na realização de uma tarefa complexa, de forma a que o
resultado dessa junção seja superior ao somatório dos
elementos individualizados. Fundamentado numa reinterpretação do incomparável Leonardo da Vinci (cujos 500 anos da sua morte se assinalaram a 02 de Maio de 2019), “Sinergia 3.0” aborda os conflitos pessoais tão presentes nas sociedades individualistas de hoje, convidando o espectador a reflectir, de forma livre, nos benefícios duma articulação entre todos, deixando de parte o preconceito e ultrapassando as diferenças.
Combinando técnicas de malabarismo, manipulação de objetos, verticais e dança, “Sinergia 3.0” assenta numa coreografia de enorme plasticidade geométrica que lhe confere uma harmoniosa sensibilidade ao longo de todo o espectáculo. Das madeiras aos metais, do acústico ao electrónico, do simples ao complexo, da individualidade à coesão, a base conceptual deste trabalho aponta no sentido da união de esforços para um maior proveito no trabalho de todos. Este é, assim, um espectáculo que rola em dois eixos, um visual e um emocional, ao longo dos quais as personagens evoluem num processo de integração e de interacção com o grupo.
Combinando técnicas de malabarismo, manipulação de objetos, verticais e dança, “Sinergia 3.0” assenta numa coreografia de enorme plasticidade geométrica que lhe confere uma harmoniosa sensibilidade ao longo de todo o espectáculo. Das madeiras aos metais, do acústico ao electrónico, do simples ao complexo, da individualidade à coesão, a base conceptual deste trabalho aponta no sentido da união de esforços para um maior proveito no trabalho de todos. Este é, assim, um espectáculo que rola em dois eixos, um visual e um emocional, ao longo dos quais as personagens evoluem num processo de integração e de interacção com o grupo.
Estruturas complexas, coreografias de
movimento precisas, materiais de enorme beleza plástica e uma banda
sonora, trabalhada expressamente para este espectáculo, a sublinhar as
transformações operadas nos objectos, personagens, situações e
humores, fazem de “Sinergia 3.0” um exemplo do quanto de
apelativo reside na renovação do circo e no novo paradigma de
o trazer a palco. Jorge Silvestre, Miguel Frutos, Josu Montón e
Isaac Posac mostram-se exímios na interpretação das várias
figuras que compõem o espectáculo, acrescentando-lhe qualidade
técnica, quadros de enorme beleza e muito humor. A isto não será
alheio o trabalho de quatro anos com os londrinos Gandini Juggling,
uma das companhias de circo contemporâneo mais conceituadas do
mundo, e a sua colaboração com o Cirque du Soleil ao nível das
coreografias. Tudo ingredientes para uma hora de espectáculo
divertida, feita de criatividade, engenho e arte.
[Foto: Cía. Nueveuno |
nueveunocirco.com/]
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