EXPOSIÇÃO: “José de Almada
Negreiros: Desenho em Movimento”
Museu Nacional de Soares dos Reis
28 Nov 2017 > 18 Mar 2018
O Museu Nacional de Soares dos Reis, em
colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, acolhe até ao
dia 18 de Março de 2018 uma exposição dedicada a Almada Negreiros
e cujo foco incide sobre o carácter cinematográfico da linguagem
artística do mestre. Sob o título “José de Almada Negreiros:
Desenho em Movimento”, esta exposição é todo um novo olhar sobre
a obra de um dos mais influentes portugueses do século XX, mestre de
múltiplas artes, que em célebre manifesto se apresentou um dia como
“José de Almada-Negreiros, poeta d'Orpheu futurista e tudo!”
Ao todo, são noventa as obras que aqui
se reúnem, em cujo núcleo central vamos encontrar as directamente
relacionadas com o cinema. Entre elas, está “O Naufrágio da Ínsua”, conjunto de 64 desenhos sobre papel vegetal, relato
tragico-cómico da aventura marítima de um grupo de burgueses a
banhos no Verão de 1934. Podemos igualmente apreciar o guião
inédito para um documentário nunca realizado acerca de Amadeo de
Souza-Cardoso ou os painéis em grande formato que reproduzem parte
da fachada, actualmente em ruína, de um cinema madrileno. As atenções
centram-se ainda numa das preciosidades da exposição: Seis vidros
para lanterna mágica, o sistema de projeção antecessor do cinema,
feitos por Almada Negreiros nos anos 20, em Madrid, e cuja existência
era totalmente desconhecida antes da exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, no
início deste ano.
Há depois um percurso exterior a esse
núcleo central que é uma proposta, apenas, de olhar para um
conjunto de obras, muitas das quais puderam ser apreciadas noutros
contextos e vê-las agora sob uma perspectiva cinematográfica. É
aqui que vamos encontrar, por exemplo, o “Retrato de Sarah
Affonso”, esposa do pintor, um conjunto de auto-retratos, Pierrots,
desenhos publicados no Semanário humorístico “Sempre Fixe” e
ainda os há muito distantes do público “Estudos para os frescos
da Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos”. Uma exposição a
não perder!
Sem comentários:
Enviar um comentário