LUGARES: Basílica da Estrela
Largo da Estrela, Lisboa
Acolhimento e Informações | De segunda a sexta feira, das 09h30 às 13h30 e das 15h30 às 18h45; sábados e domingos, das 10h00 às 13h30 e das 16h00 às 18h45
Visitas | Presépio de Machado de Castro, € 2,00; Terraço, € 4,00
A Basílica da Estrela, também designada por Real Basílica e Mosteiro do Santíssimo Coração de Jesus, é um templo católico e antigo convento de freiras carmelitas localizado na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi a primeira igreja no mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus tendo por base as revelações de Cristo a Santa Margarida Maria de Alacoque e reforçadas, mais tarde, à Beata Maria do Divino Coração. Classificada como Monumento Nacional desde 1907, esta vasta igreja, encimada por uma cúpula, ergue-se no alto de uma colina na parte ocidental de Lisboa, sendo um dos marcos da zona da Lapa. A sua construção remonta à segunda metade do século XVIII, altura em que D. Maria I e D. Pedro III, filha e genro-irmão de D. José I, fizeram voto de que construiriam uma igreja se tivessem um filho para herdar o trono. O seu desejo foi satisfeito e o projeto foi entregue a um grupo de arquitectos da Escola de Mafra que deram início à construção do templo em 1779.
O templo apresenta características do estilo barroco final e do neoclássico. A fachada é ladeada por duas torres gémeas e decorada ao centro com um relevo representando o Sagrado Coração de Jesus com estátuas de santos e figuras alegóricas da autoria de Joaquim Machado de Castro e dos seus pupilos. O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado por aberturas na cúpula, infunde respeitoso temor. Várias pinturas de Pompeo Batoni adornam o seu interior. O túmulo estilo império, de D. Maria I, que faleceu no Brasil, está no transepto direito. Este templo dispõe de dois órgãos – o grande órgão, construído em 1789, e o órgão de coro, de 1791 –, ambos construídos pelo organeiro António Xavier Machado e Cerveira. O órgão de coro foi restaurado em 1998. Em 2009, foi criada a Schola Cantorum da Basílica da Estrela que tem por missão reactivar em Portugal a prática da melhor música litúrgica, tradição desaparecida há dois séculos e ainda plenamente viva noutros países da Europa.
Uma das grandes curiosidades da Basílica da Estrela é o seu monumental Presépio o qual é composto por quase quinhentas peças. Foi criado pelo artista Machado de Castro, a pedido da Rainha D. Maria, e foi o primeiro em Portugal a incluir a Adoração dos Reis Magos. Como era comum neste período, o Presépio da Estrela é uma composição de figuras e grupos modelados em barro, cozido e policromado, dispostos na estrutura original de cortiça assente sobre um esqueleto de pranchas de madeira. Tal como noutros presépios barrocos, este tem representados seis momentos: A “Natividade – Sagrada Família”, a “Adoração dos Reis Magos”, a “Adoração dos Pastores e Populares”, o “Cortejo Régio”, a “Anunciação aos Pastores” e a “Matança dos Inocentes”. O restante espaço é preenchido com figuras do povo e cenas do quotidiano. Tem ainda, cinco nuvens suspensas com anjos. O conjunto encerra-se numa maquineta, executada em 1783, com aproximadamente cinco metros de largura, quatro metros de altura e três metros e meio de profundidade.
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