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CERTAME: 10ª Bienal Internacional de Gravura do Douro 2020
Vários artistas
Museu do Douro, Peso da Régua
10 Ago > 31 Out 2020
16 exposições, 64 países representados, 625 artistas e 1300 obras. São estes os números da Bienal Internacional de Gravura do Douro, este ano a celebrar a sua 10ª edição. Com pólos espalhados por Alijó, Bragança, Celeirós, Chaves, Favaios, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Gaia, Peso da Régua, S. Martinho de Anta, Vila Real, o certame faz da mais antiga região vinícola demarcada do mundo - o Douro, região laureada por dois patrimónios da humanidade atribuídos pela UNESCO e mundialmente reconhecidos quer pela sua paisagem vinhateira, quer pelo património arqueológico do Vale do Côa, o maior santuário de gravura paleolítica do mundo - um palco maior da contemporaneidade, ao acolher um dos maiores eventos de arte gráfica do mundo, reunindo assim dentro de si, uma força e dimensão que ultrapassa as fronteiras do país e se projecta para horizontes infinitos.
Perseguindo este propósito e ambição alcançada, a Bienal do Douro tem vencido os desafios da interioridade, da crise económica, da crise cultural, da própria crise da gravura e tem sabido manter vivos os pressupostos da arte e a autonomia da gravura no contexto da arte contemporânea. Para tal, muito têm contribuído os tributos da gravura tradicional e suas alquimias seculares, mas não menos importantes, das renovadas tendências da gravura digital e dos novos media ao seu dispor, no sentido de lhe conferir a autonomia que ela necessita para subsistir. O campo aberto à gravura pelas novas linguagens híbridas e técnicas não tóxicas, têm projectado o seu impacto de uma forma inovadora e com a vitalidade há muito desejada nos seus domínios.
Este evento cultural arrancou com uma exposição de homenagem a Silvestre Pestana, poeta, artista plástico e performer, no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, num espaço que está a celebrar 10 anos de existência. Da programação, assume a maior relevância a exposição “2ª Guerra Mundial, 75 Anos Depois: Testemunhos Através da Obra Gráfica”, patente no Espaço Corpus Christi, em Vila Nova de Gaia, comissariada pelo artista holandês Bert Menco e que inclui uma obra de José de Guimarães, "um poderoso trabalho, que reflete o particular papel de Portugal no confronto de uma crise de refugiados, tanto na época como agora". Destaque ainda para a exposição individual de Michael Besant, o projecto “Galeria Pública para as Artes Digitais, de Silvestre Pestana e Celeste Cerqueira, um workshop de “Gravura Não Tóxica” orientado pelo porto-riquenho Fernando Santiago e ainda a Conferência “Os Novos Media e a Gravura Hoje”. Para ver até ao dia 31 de Outubro.
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