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EXPOSIÇÃO: Joan Jonas
Museu de Serralves
25 Mai > 01 Set 2019
Nascida em 1936, Joan Jonas é uma
artista pioneira nas áreas da performance, do vídeo e da
instalação, que ampliou as fronteiras da arte nas últimas cinco
décadas. Após estudar escultura e história da arte, tornou-se uma
das figuras fundadoras da performance, quando esta surgiu em Nova
Iorque nos anos 1960 e 1970. Inspirando-se em diferentes culturas e
tradições, o universo de imagens da artista provém de diversas
fontes — de contos de fadas a ensaios, de mitos ao folclore local —
que adapta de forma a relacioná-las com a vida contemporânea.
Poético e político, o seu trabalho veicula o seu continuado
interesse no movimento, na música, na identidade feminina, no meio
ambiente e nas paisagens naturais e urbanas.
É a esta mulher e ao seu trabalho que
o Museu de Serralves, em parceria com a Tate Modern, dedica uma
exposição alargada e que estará patente ao público até ao próximo
dia 01 de Setembro. Nela, tanto se pode assistir ao primeiro filme de
Joan Jonas, o intrigante “Wind” (1968), como a instalações
impactantes como “The Juniper Tree” (1976, reconstruído em
1994), “Lines in the Sand” (2002) ou “Stream or River, Flight
or Pattern” (2016-2017), os desenhos de pássaros em grandes
painéis a dominarem uma sala repleta de lindíssimos papagaios de
papel. No corredor há ainda para ver um conjunto de fotografias
sobre as performances da artista, um vídeo intitulado “A Saga do
Vulcão” (1985-1989) e um conjunto de objectos, nomeadamente
máscaras e adereços, muitos deles inspirados no teatro japonês e
usados pela artista nas suas performances.
Um olhar atento permite perceber que
Joan Jonas revisita e readapta trabalhos e performances prévios para
criar novas instalações e para lhes incorporar um elemento vivo.
Usando máscaras, espelhos e ecrãs de vídeo, Jonas cria uma
complexa sobreposição de imagens. A configuração e a sequência
da exposição, decididas em estreita colaboração com a artista,
baseiam-se no constante regresso a temas e motivos recorrentes. Em
toda a exposição, é a voz da artista que guia os visitantes. Vale
a pena deixarmo-nos levar pelo muito de apelativo que a sua obra
encerra.
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