CONCERTO: “Good Times”
Orquestra Jazz de Matosinhos convida
Fay Claassen
Matosinhos em Jazz
Praça Guilhermina Suggia,
Matosinhos
26 Jul 2019 | sex | 22:00
A abrir o último fim de semana do Matosinhos
em Jazz, a Orquestra de Jazz de Matosinhos convidou a cantora
holandesa Fay Claassen para um concerto intitulado “Good Times” e
que teve lugar, como habitualmente, nesse magnífico anfiteatro
natural que é a Praça Guilhermina Suggia, ali a dois passos da
Igreja do Senhor de Matosinhos. E foram, de facto, bons momentos os
vividos pelo público na noite da passada sexta-feira, não apenas pela qualidade das figuras em palco mas também pela
forma criteriosa como foi desenhado o alinhamento do concerto, uma
mistura de géneros onde couberam os grandes standards do jazz, a
folk e até mesmo a música popular.
Depois duma introdução da Orquestra de Jazz de Matosinhos, sob a direção de Pedro Guedes, Fay Claassen subiu ao palco para um primeiro grande momento com “Blackbird”, uma composição de Paul McCartney lançada no álbum “The Beatles” (ou “Álbum Branco”) de 1968. Este tema, que nos fala da luta do povo negro no sul dos Estados Unidos, viria a ser grandemente valorizado pelos magníficos momentos de guitarra e piano, da responsabilidade de José Miguel Moreira e de Carlos Azevedo, respectivamente. O tom em português chegou pelas mãos de António Carlos Jobim com uma das imagens de marca da Bossa Nova, “A Felicidade”, com a cantora a revelar, a propósito, que o seu nome próprio é Felicitas, de onde deriva Fay. Seguiu-se “Shall I compare thee to a Summers day?”, um tema extraído do Soneto 18 de William Shakespeare, um dos mais conhecidos dos 154 sonetos escritos pelo dramaturgo e poeta, Fay Claassen e Carlos Azevedo num intimista e delicado momento de voz e piano.
Marcado pela emoção, “How deep is the Ocean?”, do trombonista, pianista, arranjador e compositor Bob Brookmeyer, lançou um olhar a “Standards”, com a New Art Orchestra a voz de Fay Claassen, o último álbum deste “monstro” do Jazz antes do seu desaparecimento, em 2011. “One Trick Pony”, tema que dá título ao quinto álbum de originais a solo de Paul Simon, mostrou de novo a guitarra de José Miguel Moreira em plano superior, muito justamente acompanhado por João Cunha na bateria e com a cantora em grande ao tecer elogios à orquestra navegando na música em pleno improviso. O momento mais alto do concerto viria com “Love For Sale”, de Cole Porter, as palavras e a música a fluírem num ritmo muito lento, “picante”, o “amor à venda” mas com regras: “Old love, new love, every love but true love”.
Depois duma introdução da Orquestra de Jazz de Matosinhos, sob a direção de Pedro Guedes, Fay Claassen subiu ao palco para um primeiro grande momento com “Blackbird”, uma composição de Paul McCartney lançada no álbum “The Beatles” (ou “Álbum Branco”) de 1968. Este tema, que nos fala da luta do povo negro no sul dos Estados Unidos, viria a ser grandemente valorizado pelos magníficos momentos de guitarra e piano, da responsabilidade de José Miguel Moreira e de Carlos Azevedo, respectivamente. O tom em português chegou pelas mãos de António Carlos Jobim com uma das imagens de marca da Bossa Nova, “A Felicidade”, com a cantora a revelar, a propósito, que o seu nome próprio é Felicitas, de onde deriva Fay. Seguiu-se “Shall I compare thee to a Summers day?”, um tema extraído do Soneto 18 de William Shakespeare, um dos mais conhecidos dos 154 sonetos escritos pelo dramaturgo e poeta, Fay Claassen e Carlos Azevedo num intimista e delicado momento de voz e piano.
Marcado pela emoção, “How deep is the Ocean?”, do trombonista, pianista, arranjador e compositor Bob Brookmeyer, lançou um olhar a “Standards”, com a New Art Orchestra a voz de Fay Claassen, o último álbum deste “monstro” do Jazz antes do seu desaparecimento, em 2011. “One Trick Pony”, tema que dá título ao quinto álbum de originais a solo de Paul Simon, mostrou de novo a guitarra de José Miguel Moreira em plano superior, muito justamente acompanhado por João Cunha na bateria e com a cantora em grande ao tecer elogios à orquestra navegando na música em pleno improviso. O momento mais alto do concerto viria com “Love For Sale”, de Cole Porter, as palavras e a música a fluírem num ritmo muito lento, “picante”, o “amor à venda” mas com regras: “Old love, new love, every love but true love”.
“Zing, Vecht, Huil, Bid, Lach, Werk
en Bewonder”, do compositor Ramses Shaffy e que a cantora traduziu
para “Cante, lute, chore, reze, ria, trabalhe e, principalmente,
admire” levou o público ao encontro da música popular holandesa,
aqui surpreendente de colorido e ritmo e com um toque jazzístico a
fazer lembrar “New York, New York”. O resto do concerto
privilegiou originais holandeses, primeiro com “Five Up High”,
tema do compositor Benjamin Herman e que trouxe ao de cima o
virtuosismo de Mário Santos no saxofone e de Andreia Santos no
trombone, e depois, já no “encore” com “Turks Fruit”, um
tema do compositor holandês Rogier Van Otterloo para a banda sonora
do filme “Turkish Delight”, e que foi dedicado ao actor holandês
Rutger Hauer, desaparecido esta semana. Resumidamente, um concerto
muito bom e que só não foi melhor face às condições vocais da
cantora, a rouquidão a acentuar-se com o avançar do concerto.
Quanto à Orquestra de Jazz de Matosinhos, esteve ao seu nível, ou
seja, superior!
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