[Clicar na imagem para ver mais fotos]
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “A
Cidade Que Não Existe”,
de João Pádua
OPPIA – oPorto Picture Academy
Mês da Imagem do Porto 2019
10 Jun > 21 Jun 2019
“Entrincheirada entre duas utopias
situa-se a cidade que não existe. É uma cidade imaginada, enleada
em medos e desejos. Tendo como musas, por um lado, “As Cidade
Invisíveis”, imaginadas pelo Italo Calvino e, por outro, o filme
“Blade Runner”, de Ridley Scott, serviram estas de mote e moldura
em filigrana que entrevi e registei na minha visita a Chongqing, na
China. Sem qualquer tipo de preocupação em documentar
fidedignamente o local, apropriei-me das peças soltas que fui
encontrando pelo caminho e com elas reconstruí a cidade que tinha
imaginado antes, ou melhor, aquela cidade que sensibilizou o meu
imaginário. A cidade que necessitava ser expressa.”
Gérard Castello Lopes afirmava que “a fotografia é uma forma de ficção” e João Pádua, com esta série de belíssimas imagens, mais não faz do
que reforçar essa ideia, aclarando-a no texto acima. “A fotografia é
ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só
o fotógrafo vê aquilo daquela maneira”, dizia ainda o mestre e é
nessa medida que a cidade que João Pádua nos dá a ver, na verdade,
“não existe”. Atentando nestas imagens que se abrem ao nosso
olhar, percebemos que a sua fotografia é feita de reflexos,
silhuetas, vislumbres fugidios que, à luz dos néons, oferecem um
espaço virtual onde se penetra como num sonho. São instantes de
vida que ora estão, ora desaparecem no momento imediato, congelados
na lente do artista e assim devolvidos, envoltos em misteriosa névoa,
deixando no ar uma inquietação em volta do espaço e do tempo.
“A Cidade Que Não Existe” foi uma
das peças integrantes do MIP – Mês da Imagem do Porto, conjunto
de exposições, colóquios e workshops que conheceu, em Abril
passado, a segunda edição. Patente só até ao próximo dia 21 de
Junho, no simpático espaço da OPPIA - oPorto Picture Academy, à
Rua Barão de S. Cosme, esta exposição foi “recuperada” numa
oportuna finissage, dando àqueles que não conseguiram, por diversas
razões, testemunhar e comungar deste magnífico conjunto de imagens
que João Pádua propõe artisticamente, a possibilidade de o fazerem
agora. A não perder!
TENHO PENA DE NÃO PODER SEGUIR "ESTAS CENAS" ....lembro-me e considero ..o PÁDUA..... ABRÇ.
ResponderEliminarAbraço amigo.
ResponderEliminar