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quarta-feira, 18 de julho de 2018

EXPOSIÇÃO DE ARQUITECTURA: "Os Universalistas - 50 Anos de Arquitectura Portuguesa"


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EXPOSIÇÃO DE ARQUITECTURA: “Os Universalistas – 50 Anos de Arquitectura Portuguesa”
Casa da Arquitectura, Matosinhos
13 Abr > 19 Ago 2018


Haverá uma maneira portuguesa de fazer arquitectura? Procurando responder a esta questão, a belíssima nave da Casa da Arquitectura recebe “Os Universalistas – 50 Anos de Arquitectura Portuguesa”, exposição multimédia comissariada pelo arquitecto Nuno Grande e organizada e produzida pela Casa da Arquitectura em articulação com a Fundação Calouste Gulbenkian e Cité de l’Architecture et du Patrimoine. Com uma disposição circular, a mostra distribui-se por cinco momentos chave da arquitectura portuguesa contemporânea – (inter)nacionalismo (1960-1974), colonialismo (1961-1975), revolução (1974-1979), europeísmo (1980-2000) e globalização (2001-2016) –, propondo um olhar sobre meio século de pensamento e produção arquitectónica portuguesa.

Mostrada inicialmente em Paris, por alturas das comemorações dos 50 anos da Fundação Gulbenkian, a mostra percorre o trabalho de arquitectos de referência como Fernando Távora, Manuel Tainha, Pancho Guedes, Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura ou Carrilho da Graça, e também de alguns dos mais promissores arquitectos portugueses das últimas décadas, como Manuel e Francisco Aires Mateus, Paula Santos, Cristina Guedes ou Francisco Vieira de Campos. Do material expositivo, para além das fotografias das 50 obras exibidas, da autoria de Alfredo Cunha, fazem parte as palavras do filósofo Eduardo Lourenço, as caricaturas de João Abel Manta, o filme “Revolução”, de Ana Hatherly, depoimentos de críticos convidados e um enorme conjunto de materiais relativos a cada um dos projectos, incluindo textos, maquetes, desenhos técnicos e fac-símiles de esquissos ou esboços de arquitectos.

Da resposta à “portugalidade” da ditadura salazarista, com propostas de risco que misturaram tradição e modernidade, às obras em contexto colonial, passando pelo 25 de Abril e pela chamada “arquitectura de participação” resultante do programa SAAL (Serviço Ambulatório de Apoio Local), pela entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia e pela globalização dos anos 2000 - com o definitivo despoletar da arquitectura portuguesa nas esferas internacionais (e recorde-se que Portugal foi distinguido com dois prémios Pritzker , os Óscares da Arquitectura, por intermédio de Álvaro Siza Vieira, em 1992 e Eduardo Souto Moura, em 2011) -, é todo um manancial de informação que se abre ao nosso olhar e que nos mostra essa "maneira portuguesa de fazer arquitectura”. A não perder, até ao próximo dia 19 de Agosto!

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