EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA:
“Extraños”,
de Juan Manuel Castro Prieto
Centro Português de Fotografia,
Porto
15 Dez 2017 > 04 Mar 2018
As fotografias incluídas nesta
exposição percorrem, ao longo de vinte anos, o território mais
intimista de Juan Manuel Castro Prieto. Todo o seu trabalho tem uma
base autobiográfica, mas é nesta colecção de imagens que surgem
ambientes e temáticas que enquadram a estrutura essencial da sua
obra.
Em “Extraños” torna-se visível, não só a excelente qualidade técnica das suas fotografias mas também o fio condutor que atravessa toda a sua trajectória como autor. Castro Prieto cria cenários oníricos a partir da realidade quotidiana; as paisagens, os locais, os retratos são elementos de que se serve para construir um universo pautado de reflexão, magia, mistério e ambiguidade. São fotografias abertas que denotam a profunda relação do autor com a literatura: cada imagem pode ser parte de uma narrativa interrompida. As suas intervenções – cada vez mais frequentes – destinam-se sempre a gerar esse âmbito de irrealidade omnipresente em toda a sua obra.
Em “Extraños” torna-se visível, não só a excelente qualidade técnica das suas fotografias mas também o fio condutor que atravessa toda a sua trajectória como autor. Castro Prieto cria cenários oníricos a partir da realidade quotidiana; as paisagens, os locais, os retratos são elementos de que se serve para construir um universo pautado de reflexão, magia, mistério e ambiguidade. São fotografias abertas que denotam a profunda relação do autor com a literatura: cada imagem pode ser parte de uma narrativa interrompida. As suas intervenções – cada vez mais frequentes – destinam-se sempre a gerar esse âmbito de irrealidade omnipresente em toda a sua obra.
“Extraños” é um excelente exemplo da coerência que Juan Manuel Castro Prieto desenvolveu entre 1984 e 2003, um período fundamental no processo de amadurecimento de uma obra multifacetada, que explora a memória desde as pegadas latentes que habitam os seus espaços pessoais e familiares; o sexo e a morte coexistem em algumas das suas imagens como uma dualidade que evidencia um certo fatalismo na sua relação com a vida e, simultaneamente, uma reivindicação lúdica da existência. Finalmente, através da infância, o autor submerge-se nesse território ambíguo que é a transposição para a adolescência: um tempo de abstracção e de primeiras introspecções.
[Excerto do texto de Alejandro
Catellote que serve de introdução à exposição de fotografia de Juan Manuel Castro Prieto]
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