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sábado, 17 de fevereiro de 2018

EXPOSIÇÃO: "Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz"



EXPOSIÇÃO: “Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz”
Museu Coleção Berardo, CCB Lisboa
26 Out 2017 > 11 Fev 2018


Embora a mostra “Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz” tenha já encerrado, não posso deixar de falar nela, não apenas pela homenagem às diversas vertentes e influências do Modernismo Brasileiro que encerra como, ao mesmo tempo, pela grande aposta em levar o público português a conhecer a trajectória de artistas brasileiros do período de 1920 a 1960. Pela primeira vez fora do Brasil, a mostra esteve patente no Museu Coleção Berardo ao longo de três meses e meio, contando com uma selecção apurada de 76 obras pertencentes à Coleção da Fundação Edson Queiroz.

Inserindo o público na atmosfera modernista do espaço, a mostra dividiu-se em seis núcleos, associando a trajectória dos artistas ao contexto histórico e artístico em que viveram. Entre as pinturas e esculturas presentes na exposição, encontram-se obras que vão da primeira fase moderna no Brasil, ainda com formação europeia – como Lasar Segall, Flávio de Carvalho, Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret – até ao aparecimento do manifesto neoconcreto carioca, já na segunda metade do século XX. O percurso expositivo inclui também artistas interessados na busca de um imaginário próprio para o país, como Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Di Cavalcanti e Candido Portinari. Depois, aponta para as novas vertentes abstractas e formais do pós-guerra, cujos representantes são Alfredo Volpi, José Pancetti e Maria Leontina.

Seguindo cronologicamente, a exposição apresenta obras de integrantes do Grupo Frente e do Grupo Ruptura, que acompanharam um novo momento da arte brasileira, marcado pelo aparecimento dos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo, e da Bienal Internacional de São Paulo, em 1951. A exposição encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, revelando uma diversidade de expressões artísticas, tão evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e do próprio Iberê Camargo, como nas propostas radicais de artistas que tinham participado no movimento neo-concreto carioca. Trata-se do momento em que uma completa revisão de paradigmas se opera e a arte brasileira toma novos rumos, aproximando-se da chamada arte conceptual.

[Texto baseado no folheto que acompanha a exposição e que pode ser consultado em http://pt.museuberardo.pt/sites/default/files/documents/20102017_fs_modernismopt.pdf]

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