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segunda-feira, 3 de março de 2025

EXPOSIÇÃO: “Histórias para Salvar – 10 Anos do Banco Português de Cérebros”



EXPOSIÇÃO: “Histórias para Salvar – 10 Anos do Banco Português de Cérebros”
Vários artistas
Casa Comum – Reitoria da Universidade do Porto
26 Fev > 03 Mai 2025


Que doenças afetam o cérebro?  Como se manifestam? De que forma tem vindo a ciência a dar resposta a estes desafios? Ao longo das três salas que integram as Galerias da Casa Comum à Reitoria da Universidade do Porto, o visitante é convidado a perceber que respostas temos hoje para estas e outras questões através de uma experiência educativa, reflexiva e artística sobre doenças neurológicas. “Histórias para Salvar – 10 Anos do Banco Português de Cérebros” é, assim, um convite para fazer um percurso possível pelo universo do cérebro humano e pelas patologias que podem afetar este órgão tão complexo. E é, precisamente, por aqui que a exposição começa, com a Doença de Alzheimer, a Epilepsia, a Doença de Parkinson, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou a Doença de Machado-Joseph. Desde os primeiros casos documentados até aos avanços científicos mais recentes, são as doenças que afectam o cérebro que estão em foco na primeira sala.

Qual a importância das doações de tecido cerebral para o avanço da investigação? Ao entrar na segunda sala o visitante depara-se com um conjunto de instrumentos de dissecação utilizados no processo de recolha e preparação de tecidos para estudos científicos e irá compreender, um pouco melhor, a forma como funciona uma das mais importantes fontes de tecidos cerebrais para a investigação científica. Um vídeo, da autoria do artista Rui Manuel Vieira, complementa as principais ideias deste núcleo, documentando o método científico do processo e, ao mesmo tempo, reflectindo sobre o lado humano e real de quem lida com o estudo e a preservação do cérebro. A exposição revela aqui a sua dimensão humana, mais pessoal e interpretativa, sobre o funcionamento do cérebro e o impacto das doenças, tentando ser fiel a quem a visita e, em particular, aos doentes e famílias que doaram o cérebro à ciência.

A terceira sala é dedicada à arte contemporânea. Através de instalações imersivas, Maria Beatitude explora o cérebro e a memória, enquanto Cristina Mateus combina imagens de diferentes origens, abordando a complexidade do cérebro e suas doenças. Recorrendo a uma linguagem muito diferente daquela que predomina na área científica, a dimensão artística da exposição acaba por reflectir, inegavelmente, “a dimensão humana” do trabalho de um organismo criado em 2014 e sediado no Serviço de Neuropatologia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António. O Banco Português de Cérebros tem por missão desenvolver o conhecimento neurológico através da recolha de cérebros e informação clínica associada. Após o diagnóstico neuropatológico, disponibiliza tecidos para investigação em neurociências a grupos nacionais e internacionais. O trabalho desenvolvido contribui, assim, para o avanço do conhecimento sobre doenças neurológicas, ajudando ao desenvolvimento de melhores formas de diagnóstico e tratamento.

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