LUGARES: M|I|MO – Museu da Imagem em Movimento
Largo de S. Pedro – Cerca do Castelo, Leiria
Horário | Todos os dias, das 09h30 às 17h30
Ingressos | Bilhete normal € 2,10
O M|I|MO – Museu da Imagem em Movimento ocupa um espaço no interior da antiga cerca medieval de Leiria, num conjunto edificado de três volumes que acolheram, ao longo da sua existência, as cavalariças dos Paços Reais, o Celeiro da Mitra e o Regimento de Artilharia n.º 4. Trata-se de um edifício moderno que recupera a anterior estrutura arquitectónica, ocupando dois pisos e uma cave, pelos quais se distribuem valências como a Sala de Exposições Temporárias, o Laboratório da Imagem, a Oficina do Olhar, o Serviço Educativo, o Arquivo Fílmico, os Laboratórios de Conservação e Restauro, a Câmara Escura, o Centro de Documentação e Informação Artur Avelar e a Colecção Permanente. Todos estes espaços se vão articular no cumprimento da missão preconizada pelo Museu, que é a recolha, salvaguarda, conservação e inventariação de objectos e técnicas relacionadas com as imagens em movimento, dando condições para o estudo e pesquisa nessa área e permitindo, através da exposição das colecções, organização de acções e publicação de documentos, a fruição dos recursos de uma forma lúdica, trabalhando com o público na construção de conhecimentos sobre cinema e fotografia como técnicas de arte, convidando para um diálogo processual sobre a criação de imagens e imaginários.
O m|i|mo, nasceu em 1996, por ocasião da comemoração dos 100 Anos do Cinema em Portugal. O espólio reunido desde então, leva a que a constituição do Museu fosse autorizada na Reunião de Câmara de 22 de Janeiro 1997, tendo sido solicitado a concepção de um projecto de exposição que se adequasse ao espaço do Teatro José Lúcio da Silva. Simultaneamente foi-se procedendo à pesquisa e recolha sistemática de espólio para integrar a exposição permanente, dando particular ênfase ao Pré-Cinema. Inicialmente denominado como Museu da Imagem, em 1999 sentiu-se necessidade de alterar o nome para Museu da Imagem em Movimento, uma vez que responde melhor aos conteúdos da exposição permanente. Um primeiro núcleo toma o nome de “Fascínio do Olhar e engloba um conjunto vasto de objectos e instrumentos entendidos como “mediadores do olhar” e que, de certa forma, condicionam a nossa atitude em relação às imagens, ao real e ao imaginário. Dividido em três fases, o discurso expositivo aborda aqui “a imagem em fluxo”, “a morte da imagem” e “a imagem re-animada”, propondo o encontro de uma lógica possível sobre os conteúdos que perpassam através das colecções do Museu.
No piso superior encontra-se a “Oficina do Olhar, espaço lúdico e interactivo onde o visitante pode encontrar e manipular um conjunto de objectos que estão associados às primeiras experiências de imagens animadas. Estes objectos oferecem a imediata compreensão que os avanços da Física e da Mecânica permitiram para apreensão e reprodução do movimento contínuo, como será fácil perceber. Algumas peças são reproduções de objectos desenvolvidos para demonstrar experiências cientificas e outras resultam da aplicação de princípios ópticos e artísticos resultando em objectos recriados. O Museu dispensa especial atenção à produção fotográfica e videográfica, promovendo a realização de exposições temporários nos espaços dedicados, nomeadamente na ampla sala do piso, onde estava patente a belíssima exposição “Corpo em Dança”, de Paulo Pimenta [vista anteriormente em Vila do Conde e relatada AQUI] na altura em que visitei o Museu. Um “spot” obrigatório na cidade de Leiria.
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