EXPOSIÇÃO: Jaime Cortesão – Cidadão, Patriota, Resistente
Museu do Aljube Resistência e Liberdade
17 Out 2019 > 25 Abr 2020
“Que brilhe o raio e sopre o vento forte...
Mais o meu livre coração se expande;
Quanto mais perto da fecunda Morte,
Tanto mais sinto como a Vida é grande.”
Jaime Cortesão, “A Morte da Águia”
Em articulação direta da teoria com a acção prática, da cultura e do pensamento com a acção política, esta exposição revisita o cidadão, patriota e resistente Jaime Cortesão, desde os momentos iniciais do seu envolvimento na actividade política aos últimos momentos de vida, após nova passagem pelas prisões do Estado Novo. Ocupando o espaço de exposições temporárias do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, no Piso 0, esta mostra traça o percurso do activista político no ocaso da monarquia, do patriota empenhado nos movimentos de regeneração da Pátria e de luta pela liberdade como voluntário na I Guerra Mundial e do fundador da revista Seara Nova pugnando pelo aperfeiçoamento do regime republicano e a elevação da Nação.
Coexistindo em Cortesão a luta pela escrita com a luta pelas armas, ele encabeça, com outros, a resistência armada contra a ditadura salazarista, logo em fevereiro de 1927, e depois no exílio francês e espanhol, onde a atividade cultural e intelectual coexiste com a planificação de acções armadas e revolucionárias. Representante português no II Congresso Internacional dos Escritores Antifascistas, denuncia o ignóbil regime de Oliveira Salazar e opõe-se-lhe na sua dimensão de antifascista. Regressado ao país em 1940, é preso e enviado para o Aljube e para Peniche, e de seguida obrigado a expatriar-se para o Brasil, onde desenvolve uma atividade cultural fecunda e duradoura. Regressado ao país em 1956, não baixa os braços na luta contra o ditador que, sendo Jaime Cortesão já septuagenário, não deixa de o enviar para uma quarta prisão, já muito perto da morte que o viria a ceifar em 1960.
Museu do Aljube Resistência e Liberdade
17 Out 2019 > 25 Abr 2020
“Que brilhe o raio e sopre o vento forte...
Mais o meu livre coração se expande;
Quanto mais perto da fecunda Morte,
Tanto mais sinto como a Vida é grande.”
Jaime Cortesão, “A Morte da Águia”
Em articulação direta da teoria com a acção prática, da cultura e do pensamento com a acção política, esta exposição revisita o cidadão, patriota e resistente Jaime Cortesão, desde os momentos iniciais do seu envolvimento na actividade política aos últimos momentos de vida, após nova passagem pelas prisões do Estado Novo. Ocupando o espaço de exposições temporárias do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, no Piso 0, esta mostra traça o percurso do activista político no ocaso da monarquia, do patriota empenhado nos movimentos de regeneração da Pátria e de luta pela liberdade como voluntário na I Guerra Mundial e do fundador da revista Seara Nova pugnando pelo aperfeiçoamento do regime republicano e a elevação da Nação.
Coexistindo em Cortesão a luta pela escrita com a luta pelas armas, ele encabeça, com outros, a resistência armada contra a ditadura salazarista, logo em fevereiro de 1927, e depois no exílio francês e espanhol, onde a atividade cultural e intelectual coexiste com a planificação de acções armadas e revolucionárias. Representante português no II Congresso Internacional dos Escritores Antifascistas, denuncia o ignóbil regime de Oliveira Salazar e opõe-se-lhe na sua dimensão de antifascista. Regressado ao país em 1940, é preso e enviado para o Aljube e para Peniche, e de seguida obrigado a expatriar-se para o Brasil, onde desenvolve uma atividade cultural fecunda e duradoura. Regressado ao país em 1956, não baixa os braços na luta contra o ditador que, sendo Jaime Cortesão já septuagenário, não deixa de o enviar para uma quarta prisão, já muito perto da morte que o viria a ceifar em 1960.
Numa sequência de quadros profusamente ilustrados e de vitrinas onde se expõem os testemunhos de uma vida dedicada intensamente à causa da liberdade, “Jaime Cortesão – Cidadão, Patriota, Resistente” abre ao visitante o conhecimento desta figura ímpar, alguém que concebeu a vida como algo essencialmente generoso, vivendo-a “na sua máxima intensidade, fecundidade e altruísmo, na força expansiva do seu pensamento que é sentimento e ideia, que é vontade e trabalho, que é sociabilidade, moralidade, solidariedade e também cleresia, na articulação directa da teoria com a praxis”, como muito bem refere Maria Manuela Lucas na sua “Teoria do Humano e Projecto do Homem Novo em Jaime Cortesão”. Vale a pena atentar no exemplo deste médico, político, escritor e historiador português, nascido em Ança, em 29 de Abril de 1884 e que viria a falecer em Lisboa, a 14 de Agosto de 1960. Uma exposição a não perder!
Sem comentários:
Enviar um comentário