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PERCURSO: Circuito de Arte Urbana do Barreiro
Praças e artérias da cidade do Barreiro
Tipo | Circular
Distância aproximada | 8,0 km
Duração aproximada | 3,5 horas
Orientação | Livre
Não andaremos muito longe da verdade se considerarmos que, tal como em muitas outras localidades do País, a Arte Urbana, com todas as suas componentes de mensagem social assertiva e de provocação artística, associada ao foco pictórico de embelezamento do ambiente, é um fenómeno relativamente recente no Barreiro. Antes disso, o grafitti e o tagging terão tido aqui uma expressão muito forte – como ainda é perceptível hoje em dia -, mas o rosto da Arte Urbana acabou por se impor, sobretudo a partir de 2017, altura em que a Câmara Municipal do Barreiro e a A.D.A.O – Associação de Desenvolvimento de Artes e Ofícios decidiram dar as mãos e avançar com o projecto de arte pública “Art In Town”.
Praças e artérias da cidade do Barreiro
Tipo | Circular
Distância aproximada | 8,0 km
Duração aproximada | 3,5 horas
Orientação | Livre
Não andaremos muito longe da verdade se considerarmos que, tal como em muitas outras localidades do País, a Arte Urbana, com todas as suas componentes de mensagem social assertiva e de provocação artística, associada ao foco pictórico de embelezamento do ambiente, é um fenómeno relativamente recente no Barreiro. Antes disso, o grafitti e o tagging terão tido aqui uma expressão muito forte – como ainda é perceptível hoje em dia -, mas o rosto da Arte Urbana acabou por se impor, sobretudo a partir de 2017, altura em que a Câmara Municipal do Barreiro e a A.D.A.O – Associação de Desenvolvimento de Artes e Ofícios decidiram dar as mãos e avançar com o projecto de arte pública “Art In Town”.
Consolidada hoje como objecto de culto frente à marginalidade na qual se movimentava num passado ainda recente, a Arte Urbana é um tipo de expressão cultural que, no Barreiro, conta com trabalhos artísticos de alguns dos mais inventivos e engenhosos criadores no nosso País. História, identidade e criatividade transformaram-se no triângulo orientador de um conjunto de iniciativas que apostam na promoção da arte pública e, ao mesmo tempo, na reconstrução e no desenvolvimento do potencial cultural e turístico da cidade. Tanto assim é que, no decurso de uma breve estadia em Lisboa, foi para o Barreiro que orientei os meus interesses, destinando uma manhã aos seus dois percursos de Arte Urbana, os quais é possível fundir num só e cuja tipologia circular me levou através desta autêntica “galeria a céu aberto”, ao encontro do melhor que a Arte Urbana tem para oferecer.
Ponto de partida e de chegada duma visita inesquecível, a sede da A.D.A.O. integra um vasto e rico manancial de peças, sendo merecedora de um olhar demorado e atento. Nas suas paredes exteriores coabitam murais de vários criadores, entre os quais se destacam Gonçalo Mar, Odheit e um colectivo da própria Associação. Tomando a Rua Miguel Pais, uma das vias estruturantes da cidade, o visitante vai-se deparando com as famosas “Medusas” de Bordalo II e também com trabalhos de Another (Rodolfo Santos), KIkko e Samina, este último imortalizando Cristiano “Má Raça”, verdadeiro símbolo do Barreiro Antigo. Já na Avenida Bento Gonçalves, que acompanha a frente ribeirinha, são os trabalhos de Grow Art (António Rocha), Pedro Pinhal, Violant (João Maurício) e sobretudo de Sérgio Odeith, dedicado ao ilustre fotógrafo barreirense Augusto Cabrita, que tomam conta da nossa atenção.
O extenso e precioso mural de Vhils, em pleno coração da antiga CUF, representa o culminar do primeiro percurso e é, simultaneamente, o ponto de partida do percurso complementar. Segue-se “Da Serra para a Cidade”, espécie de herbário inspirado na flora da Serra da Arrábida com assinatura de Beatriz Coelho e Filipa Nogueira. Da fachada de casa antiga no Pateo Albers desapareceram os icónicos moinhos de vento de Alburrica, da autoria de Another, numa iniciativa do proprietário do imóvel e cujo gesto inqualificável alguém se aprestou a denunciar. Tota (Ricardo Manso) dá-nos a ver, primeiro, um gigantesco mural que reporta ao Barreiro dos anos 50 e, já noutra artéria, uma representação da era industrial aspirando a vida ecológica e sustentável. No seguimento do percurso, Smile1Art (Ivo Santos) devolve-nos um olhar de Augusto Cabrita sobre o 1º de Maio de 1974 e Kikko presta homenagem ao seu filho. O percurso contemplará ainda um último trabalho, do artista Gonçalo Mar, mas o barco tem hora marcada e o tempo já não dá para mais. Fica esse pretexto para regressar ao Barreiro.
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