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EXPOSIÇÃO: “Por Teu Livre
Pensamento”
Organização | Direcção-Geral do
Património Cultural, Comité Executivo do Museu de Peniche
Colaboração | Domingos Abrantes,
Fernando Rosas, João Barros Matos, José Pacheco Pereira, Paula
Araújo da Silva, Silvestre Lacerda, Teresa Pacheco Albino
Coordenação executiva e
coordenação editorial | Teresa Pacheco Albino
Textos | Alice Samara, Domingos
Abrantes, Fernando Rosas, Francisco Ruivo, Joana Dias Pereira, João
Barros Matos, João Bonifácio Serra, Manuela Bernardino, Rui
Venâncio
Museu Nacional Resistência e
Liberdade – Fortaleza de Peniche
27 Abr > 31 Dez 2019
Estendendo-se até ao dia 31 de
dezembro de 2019, está patente ao público no Museu Nacional
Resistência e Liberdade – Fortaleza de Peniche a exposição “Por
Teu Livre Pensamento”, conjunto de fotografias, documentos,
desenhos, vídeos e peças/objetos do acervo do Museu e de colecções públicas e privadas e que, no seu todo, resgatam momentos marcantes
da nossa história recente – a repressão e a violação dos
direitos humanos pela Ditadura Militar e o Estado Novo, a Guerra
Colonial, a Resistência ao Fascismo, o 25 de Abril e o Regime
Democrático. Organizada pela Direcção-Geral do Património
Cultural e pelo Comité Executivo do Museu de Peniche e inspirado num
poema de David Mourão Ferreira (1962), “Por Teu Livre Pensamento”
constitui-se numa grande homenagem aos presos políticos, às suas
famílias, à população de Peniche e aos milhares de mulheres e
homens que, ao longo de quase meio século, sacrificaram a liberdade
e a vida na luta contra o fascismo, pela Democracia.
Apesar da exiguidade do espaço e da
profusão de documentos para consulta, em contra-ciclo com um
inusitado número de visitantes – os números falam em 100.000, em
apenas cinco meses – esta é uma exposição que importa percorrer pausadamente, oferecendo-nos histórias e memórias que têm o seu
início no golpe militar de 28 de maio de 1926 que derrubou a I
República e implantou a Ditadura Militar, prossegue com o Estado
Novo que teve na figura sinistra de António de Oliveira Salazar o
seu grande mentor e termina com o 25 de Abril de 1974, ponto
culminante da constante resistência do povo português,
restituindo-lhe o direito a viver em liberdade e a poder tomar em
mãos o seu destino.
Do cartaz comemorativo do 10º
aniversário do 25 de Abril de 1974, da autoria de Vieira da Silva,
às imagens da revolução dos cravos ou da libertação dos presos
de Peniche, na madrugada do dia 27 de Abril, passando pelas
biografias prisionais de muitos dos detidos em cadeias como o Aljube,
Caxias ou o Tarrafal, pelos relatos da clandestinidade, dos
movimentos estudantis, da luta das mulheres – notável a
linogravura sobre papel representando a “Morte de Catarina
Eufémia”, de José Dias Coelho – da intervenção no campo da
cultura e, naturalmente, dos relatos de tortura e violência sobre os
presos, bem como da histórica fuga colectiva de 03 de janeiro de
1960, onde participou Álvaro Cunhal, tudo isso pode ser apreciado ao
pormenor, a par de um vasto conjunto de imagens que vão sendo
disponibilizadas em vários equipamentos espalhados pela sala. Pelo
seu significado e alcance, pelo que nos diz do que fomos e do que
somos, “Por Teu Livre Pensamento” é uma exposição de carácter
obrigatório. 25 de Abril sempre!
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