CINEMA: “Síndrome de Estocolmo” / “Stockholm”
Realização: Robert Budreau
Argumento:
Robert Budreau
Fotografia: Brendan Steacy
Montagem: Richard
Comeau
Interpretação: Ethan Hawke, Noomi Rapace, Mark Strong,
Christopher Heyerdahl, Bea Santos, Mark Rendall, Ian Matthews, John
Ralston, Shanti Roney, Christopher Wagelin
Produção: Jonathan
Bronfman, Robert Budreau, Nicholas Tabarrok, Fredrik Zander
Estados
Unidos, Canadá | 2018 | Biografia, Comédia, Crime | 92 minutos |
Maiores 12
Cinema Dolce Espaço
18 Set 2019 | qua | 16:00
Há neste filme um sério problema de
credibilidade que lhe retira valor e o atira para níveis próximos
da mediocridade. Não que o assunto em si não seja digno de nota ou que o facto de ser “baseado em acontecimentos absurdos mas
verídicos” não mereça crédito, mas tão somente porque o
próprio filme não parece levar-se a sério, um pouco à imagem e
semelhança desse tosco assaltante de bancos interpretado por Ethan
Hawke, monumental erro de casting, com um desempenho feito de
estereótipo e canastrice.
Comédia de costumes, na
qual os maus são tidos por bonzinhos e os bons se revelam os maus da
fita, “Síndrome de Estocolmo” é um filme falhado porquanto não
consegue nunca definir os seus propósitos ou criar no espectador a
menor empatia com quaisquer das personagem. Mesmo as vítimas acabam
por ficar de fora desta equação, sobretudo a partir do momento em
que se colocam do lado dos sequestradores. Caracterizado ao nível
mais básico, sem estrutura emocional que sustente o mínimo traço
de personalidade, o elenco não passa dum equívoco, corpos suspensos
dos respectivos disfarces, caricaturas mal amanhadas e sem
graça.
Desenganem-se, pois, todos quantos buscam neste filme
os retratos psicológicos que possam caucionar a entidade
clínica que deve o seu nome ao famoso assalto a uma instituição
financeira de Estocolmo e no qual as vítimas continuaram a defender
os raptores mesmo após seis dias de prisão física. Quem for pela
comédia pura e simples, ficar-se-á pelo sorriso amarelo, já que as
tiradas se revelam estafadas e pouco credíveis. Robert Budreau
consegue essa proeza incrível de esvaziar de tensão um filme que é,
essencialmente, um assalto a um banco. Resta a música de Bob Dylan,
o que é manifestamente pouco.
Sem comentários:
Enviar um comentário