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EXPOSIÇÃO: “Desempacotar a
Cultura”,
de Maria do Carmo Vieira
3ª Bienal Internacional de Arte
Gaia 2019
Quinta de Fiação de Lever
24 Abr > 20 Jul 2019
Dessa extraordinária manifestação artística que é a Bienal Internacional de Arte Gaia 2019 já aqui falei anteriormente [ver CRÓNICA], pelo que hoje me debruçarei em exclusivo sobre uma das duas mostras individuais que integram o certame. Para além de uma exposição antológica do escultor Zulmiro de Carvalho, a quem a Bienal presta nesta edição uma muito justa homenagem, tem o visitante a possibilidade de apreciar um extraordinário conjunto de obras da autoria de Maria do Carmo Vieira, intitulado “Desempacotar a Cultura”, onde se cruzam duas expressões artísticas que são particularmente gratas a esta transmontana de Vila Pouca de Aguiar: a literatura e a pintura.
O percurso lógico de visita às várias exposições que se estendem por dois imensos pavilhões da Quinta de Fiação de Lever começa na mostra dedicada a Zulmiro de Carvalho e vai terminar com Maria do Carmo Vieira, precisamente. Pelo meio, porém, há “Paz e Refugiados”, uma exposição que, pela sua temática, prende a atenção do visitante, nela se podendo ter um primeiro contacto com o trabalho da artista. Em “Piedade”, pintura a óleo sobre tela datada de 2017, Maria do Carmo Vieira evidencia o seu enorme talento artístico, ao mesmo tempo que se mostra uma mulher preocupada e envolvida nas causas que afligem o nosso tempo.
Dessa extraordinária manifestação artística que é a Bienal Internacional de Arte Gaia 2019 já aqui falei anteriormente [ver CRÓNICA], pelo que hoje me debruçarei em exclusivo sobre uma das duas mostras individuais que integram o certame. Para além de uma exposição antológica do escultor Zulmiro de Carvalho, a quem a Bienal presta nesta edição uma muito justa homenagem, tem o visitante a possibilidade de apreciar um extraordinário conjunto de obras da autoria de Maria do Carmo Vieira, intitulado “Desempacotar a Cultura”, onde se cruzam duas expressões artísticas que são particularmente gratas a esta transmontana de Vila Pouca de Aguiar: a literatura e a pintura.
O percurso lógico de visita às várias exposições que se estendem por dois imensos pavilhões da Quinta de Fiação de Lever começa na mostra dedicada a Zulmiro de Carvalho e vai terminar com Maria do Carmo Vieira, precisamente. Pelo meio, porém, há “Paz e Refugiados”, uma exposição que, pela sua temática, prende a atenção do visitante, nela se podendo ter um primeiro contacto com o trabalho da artista. Em “Piedade”, pintura a óleo sobre tela datada de 2017, Maria do Carmo Vieira evidencia o seu enorme talento artístico, ao mesmo tempo que se mostra uma mulher preocupada e envolvida nas causas que afligem o nosso tempo.
Esta faceta de “mulher de
causas” está fortemente vincada no projecto
“Desempacotar a Cultura”, conjunto de obras representando algumas
das mais emblemáticas figuras do universo literário do nosso país. De Camilo
Castelo Branco ou Raúl Brandão a Agustina Bessa-Luís, José
Saramago ou Natália Correia, passando pela geração mais jovem,
aqui representada por Valter Hugo Mãe ou Gonçalo M. Tavares, é
todo um manancial de recordações que acorre à memória do
visitante, motivada pelos autores genialmente figurados e pelo que se conhece de
cada um deles. Um aspecto determinante para justificar o enorme
significado e impacto alcançado por esta exposição prende-se com o
suporte escolhido para cada uma das peças, nada mais nada menos do
que pacotes de leite vazios. Para além da vertente ecológica ligada
à reutilização – e duma eventual ideia de marketing para uma
colecção que ninguém desdenharia possuir -, há essa mensagem de
enorme significado que nos diz que os livros, tornados alimento para o espírito, são tão essenciais à sobrevivência da espécie como o leite nos primeiros tempos de vida. Basta desempacotá-los!
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