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domingo, 2 de setembro de 2018

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: "Texturas de uma Alma Tatuada"


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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “Texturas de uma Alma Tatuada”,
de Cristina Henriques
iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes
Antiga Escola do Palheirinho, Avintes
01 Set > 30 Set 2018


Enquanto aguardam pelo dia 01 de Fevereiro de 2019 e pelo início da 6ª edição do iNstantes - Festival Internacional de Fotografia de Avintes, os amantes da fotografia vão podendo desfrutar das diferentes propostas e dos múltiplos olhares que a organização do Festival, de forma laboriosa, vai promovendo, assim mitigando a longa espera entre edições e mantendo bem viva a chama do certame. Com Teresa Diaz Charlín, espreitámos “O Ninho Vazio “ (“El Nido vacio”), momento que marcou a inauguração da Sede do iNstantes, no passado dia 8 de Junho. Depois disso tivemos “Essências”, de José Carlos Teixeira e “Outro Porto | Este Porto”, de José Vaz da Silva. É agora a vez de Cristina Henriques ocupar, com as suas “Texturas de uma Alma Tatuada”, o acolhedor espaço da galeria de exposições da Antiga Escola do Palheirinho, oferecendo-nos o seu olhar e a sua sensibilidade em quinze preciosos retratos.

Natural de Caracas, Venezuela, a viver actualmente em Estarreja, Cristina Henriques não é, para a maioria dos adeptos da fotografia, uma ilustre desconhecida. Graças ao advento das redes sociais, aqueles que gostam e seguem o fenómeno da fotografia já com ela se cruzaram, certamente cativados pela beleza das suas paisagens, o rigor dos enquadramentos, o cuidado no pormenor, o elemento água ocupando um lugar privilegiado nas suas composições. Ingredientes mais do que suficientes para suscitarem a maior das admirações, obrigando a uma análise cuidada de cada trabalho, o conjunto da sua obra a exigir redobrada atenção e um natural acompanhamento.

Privilegiando o entorno natural da Ria de Aveiro, a dois passos de sua casa - com uma ou outra incursão no lindíssimo espelho de água da Pateira de Fermentelos -, Cristina Henriques traça, nesta que é a sua primeira exposição individual, um mapa de paisagens feito, as zonas ribeirinhas escrutinadas ao pormenor, a interacção das gentes com a água sempre latente. Como numa peça clássica para piano, a sua fotografia faz-se de “tema e variações”, as mutações na paisagem determinadas pelo momento do dia ou pelas estações do ano, reflectidas em duas árvores que se recortam no nevoeiro ou num bando de gaivotas que se projecta num horizonte de final de tarde. Contemplativo, inspirador, carregado de poesia, o olhar de Cristina Henriques é duma simplicidade calma e serena, encerrando encanto, beleza e muito talento. A não perder, diariamente, das 09h00 às 17h00. Até 30 de Setembro!

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