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terça-feira, 11 de setembro de 2018

CONCERTO: Septeto do Hot Clube de Portugal



CONCERTO: “Septeto do Hot Clube de Portugal”
Lisboa na Rua 2018
Jardim do Torel
08 Set 2018 | sab | 19h00


No âmbito de mais uma edição do “Lisboa na Rua”, o Septeto do Hot Clube de Portugal apresentou-se ao público no Jardim do Torel, na amena tarde do passado sábado, propondo um alinhamento que incidiu, sobretudo, nos dois mais recentes álbuns editados pelo agrupamento – Vol. II (Setembro de 2015) e Vol. III (Janeiro de 2018). Com Bruno Santos na guitarra e direcção musical, Joana Machado na voz, Diogo Duque no trompete, Ricardo Toscano no saxofone alto, Pedro Moreira no saxofone tenor, Romeu Tristão no baixo elétrico e Joel Silva na bateria, o septeto ofereceu momentos de grande jazz ao numeroso público presente, dele recebendo justificados e prolongados aplausos.

Do segundo álbum do Septeto, ouviu-se “Almirante Reis” - tema que homenageia o saxofonista Jorge Reis, falecido em 2014 -, “E Agora?” e “Mau Mau Maria”. Do disco mais recente foi possível escutar “Alpendre com Vista para a Lua” e “Mogli e Balu”, este último dedicado por Bruno Santos “a dois gatões, dois tigres que andam lá por casa”. Na segunda metade do concerto, o grupo interpretou também “Já”, um tema que não se encontra gravado em disco mas pelo qual tem um carinho especial, “pelo cheirinho a Verão”, e ainda “Infatuation”, numa composição de Joana Machado e que a vocalista incluiu no seu álbum “Blame it on my Youth”, de Janeiro de 2014.

Ao longo de pouco mais de 60 minutos, o Septeto do Hot Clube de Portugal mostrou-se ao mais alto nível, a música a fluir segura e harmoniosa, as sequências a solo marcadas pelo virtuosismo de alguns dos maiores talentos do jazz português, entre os quais me permito destacar o saxofone alto de Ricardo Toscano. Com deleite, bebeu-se o apuro dos sons do Septeto, a sua homogeneidade e clareza, ao mesmo tempo celebrando-se o 70º aniversário do Hot Clube de Portugal - o mais antigo clube de jazz europeu em actividade – e saudando-se o seu mentor, o eterno Luiz Villas-Boas. E, convenhamos, haverá algo melhor do que passar um fim de tarde num oásis bem no coração da cidade de Lisboa e assistir a um bom concerto de jazz?

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