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EXPOSIÇÃO DE PINTURA: “Manguin,
La Volupté de la Couleur”
Fondation de l'Hermitage
22 Jun > 28 Out 2018
Quem, por estes dias, se encontrar por
Lausanne, terá o grato prazer de apreciar na Fondation de
l'Hermitage uma grande exposição sobre Henri Manguin (1874-1949),
representando os primeiros anos de carreira artística deste amante
da cor, apelidado por Apollinaire de “pintor voluptuoso”.
Trata-se de uma parceria com o Museu do Impressionismo de Giverny,
que acolheu a primeira etapa da exposição de 14 de julho a 05 de
novembro de 2017. Fazendo recair a atenção sobre o período
fauvista, a mostra dá-nos a ver o génio de Manguin na sua busca
metódica por novos meios de expressão, fazendo um uso da cor
deveras radiante, povoando as telas de sumptuosas harmonias cromáticas e dando
testemunho de um talento e inventividade raros.
Foi na Escola de Artes Decorativas, em
1892, que Manguin conheceu Albert Marquet e Henri Matisse. Em
Novembro de 1894 ingressam na Escola de Belas Artes, situada no
estúdio de Gustave Moreau, criando um grupo de jovens pintores que,
com André Derain e Maurice de Vlaminck, será apelidado de
“fauvistas” no Salon d'Automne 1905. Fiel à expressão de uma
feliz sensualidade, Manguin presta, com os seus nus, as suas paisagens
mediterrânicas, as suas cenas da vida familiar ou as suas naturezas mortas um
verdadeiro tributo à alegria de viver.
A exposição inclui uma centena de
obras (pinturas, aguarelas e desenhos) e abre com uma secção
dedicada à formação do pintor que, muito cedo, se distingue pela
colorida organização das suas composições. O período “fauve”
é então honrado com obras feitas em Saint-Tropez, cujas cores
intensas reflectem o brilho intenso do Mediterrâneo. Extravagantes,
essas pinturas - essencialmente nus e paisagens - reflectem a
exaltação de Manguin e o seu florescimento artístico dentro de uma
natureza paradisíaca. Um conjunto de aguarelas ilustra a prática
inicial dessa técnica, decisiva no processo de liberação da cor no
alvorecer do século XX. Os anos de guerra passados na Suíça também
são evocados, mostrando a evolução de sua arte abrigada dos
trágicos eventos que atingiram a Europa.
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