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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

EXPOSIÇÃO DE PINTURA: Manguin, La Volupté de la Couleur


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EXPOSIÇÃO DE PINTURA: “Manguin, La Volupté de la Couleur”
Fondation de l'Hermitage
22 Jun > 28 Out 2018


Quem, por estes dias, se encontrar por Lausanne, terá o grato prazer de apreciar na Fondation de l'Hermitage uma grande exposição sobre Henri Manguin (1874-1949), representando os primeiros anos de carreira artística deste amante da cor, apelidado por Apollinaire de “pintor voluptuoso”. Trata-se de uma parceria com o Museu do Impressionismo de Giverny, que acolheu a primeira etapa da exposição de 14 de julho a 05 de novembro de 2017. Fazendo recair a atenção sobre o período fauvista, a mostra dá-nos a ver o génio de Manguin na sua busca metódica por novos meios de expressão, fazendo um uso da cor deveras radiante, povoando as telas de sumptuosas harmonias cromáticas e dando testemunho de um talento e inventividade raros.

Foi na Escola de Artes Decorativas, em 1892, que Manguin conheceu Albert Marquet e Henri Matisse. Em Novembro de 1894 ingressam na Escola de Belas Artes, situada no estúdio de Gustave Moreau, criando um grupo de jovens pintores que, com André Derain e Maurice de Vlaminck, será apelidado de “fauvistas” no Salon d'Automne 1905. Fiel à expressão de uma feliz sensualidade, Manguin presta, com os seus nus, as suas paisagens mediterrânicas, as suas cenas da vida familiar ou as suas naturezas mortas um verdadeiro tributo à alegria de viver.

A exposição inclui uma centena de obras (pinturas, aguarelas e desenhos) e abre com uma secção dedicada à formação do pintor que, muito cedo, se distingue pela colorida organização das suas composições. O período “fauve” é então honrado com obras feitas em Saint-Tropez, cujas cores intensas reflectem o brilho intenso do Mediterrâneo. Extravagantes, essas pinturas - essencialmente nus e paisagens - reflectem a exaltação de Manguin e o seu florescimento artístico dentro de uma natureza paradisíaca. Um conjunto de aguarelas ilustra a prática inicial dessa técnica, decisiva no processo de liberação da cor no alvorecer do século XX. Os anos de guerra passados na Suíça também são evocados, mostrando a evolução de sua arte abrigada dos trágicos eventos que atingiram a Europa.

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