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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “O
Prazer de Fotografar”,
de Eduardo Teixeira Pinto
Palacete dos Viscondes de Balsemão,
Porto
29 Ago > 21 Set 2018
É no espaço histórico do Palacete
dos Viscondes de Balsemão, actual sede da Direcção Municipal de
Cultura e Ciência da Câmara Municipal do Porto, que se encontra
patente a exposição de Eduardo Teixeira Pinto, “O Prazer de
Fotografar”. Trata-se duma iniciativa com carácter de itinerância,
destinada a divulgar a obra do artista e a promover a criação, em
Amarante, de um museu de fotografia e imagem dedicado a um dos
melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX.
O conjunto de trinta e oito retratos a
preto e branco que agora é apresentado propõe uma viagem no tempo,
fazendo recuar o visitante aos anos 50, 60 e 70 do século passado,
ao encontro da então vila de Amarante, das suas paisagens desenhadas
pelo Tâmega e pelos contrafortes da Serra do Marão, das suas gentes
simples, devotadas ao trabalho, a festa como um escape. São
fotografias de homens que lêem o jornal na rua, de mulheres que
regressam felizes do trabalho, de povo que lava no rio, de crianças
sujas, descalças e de olhar triste, do “vira” dançado nas
romarias, das enormes feiras de gado, de roupa a secar, das mãos que
modelam uma bilha de barro, duns olhos que seguem uma bola de bilhar,
do ar de desafio dum garoto mais reguila.
Dotado de um olhar poético sobre a
realidade, Eduardo Teixeira Pinto legou à posteridade um espólio
fotográfico de valor incalculável, quer pelo cunho documental do
viver e sentir duma vila do interior, quer pela qualidade artística
dos seus trabalhos, o olhar contemplativo, o rigor das composições,
a trama de contrastes a comporem retratos sociais de enorme
significado e alcance. Ao visitante, oferece-se agora uma rara
oportunidade de contactar directamente com uma parte da obra do
artista amarantino e de perceber um pouco melhor esta figura ímpar
da fotografia em Portugal. “O Prazer de Fotografar” estará
aberto ao público apenas até ao dia 21 de Setembro pelo que
importa, quanto antes, encontrar um “furo” na agenda para admirar
tão bela quanto imperdível exposição.
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