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EXPOSIÇÃO: “África, as
Religiões do Êxtase”
Museu Etnográfico de Genebra
18 Mai 2018 > 06 Jan 2019
As religiões africanas contemporâneas,
o seu dinamismo e a sua versatilidade, são o tema desta exposição
na qual África não é vista como um vasto território geográfico
mas antes como um espaço cultural. O seu fio condutor incide na
noção de “êxtase religioso”, assente numa comunhão cada vez
mais forte com as divindades ou os espíritos. Quer se trate dos
monoteísmos abraamicos nas suas mais diversas formas, dos cultos aos
mortos, dos cultos ditos “de posse” ou ainda das práticas
mágico-religiosas mais individuais, por todo a África se encontra
esta busca de momentos de êxtase religioso, sinal dum contacto
estreito, duma proximidade regular com o sagrado, com o divino.
É possível relacionar este êxtase
religioso com noções de contemplação, arrebatamento,
deslocamento, visão, beatitude, assombro, encantamento, exaltação,
felicidade, embriaguez – tantas quantos os estados que podem
caracterizar os momentos mais fervorosos da experiência e da
expressão da fé. Qualificando uma forte experiência do sagrado –
um poderoso envolvimento religioso -, uma jornada ao coração do
misticismo, o êxtase remete, caso a caso, para os místicos
fundadores ou os profetas de certas religiões, os sacerdotes e os
iniciados, por vezes, mesmo, a todos os participantes no culto.
Definindo a religião como um conjunto
de rituais que ligam os vivos entre eles face ao poder do invisível
– deus único, divindades múltiplas, espíritos dos mortos ou a
natureza - “África: As Religiões do Êxtase” mergulha o
espectador numa atmosfera de misticismo e de descoberta do fervor dos
crentes, convidando-o a percorrer a vasta galeria de exposições
temporárias do Museu Etnográfico de Genebra ao encontro dos
monoteísmos em África (islamismo, cristianismo e judaismo), das
religiões africanas autóctones, da encarnação dos espíritos e do
transe de estar possuído e ainda desses emaranhados de forças que
são os universos mágico-religiosos. Às mais de 400 peças inéditas
saídas do espólio do MEG, juntam-se as fascinantes imagens de cinco
fotógrafos contemporâneos de renome internacional, uma série de
curtos testemunhos filmados e instalações vídeo dum artista
etíope, pontuando o percurso expositivo. Fascinante!
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