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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

EXPOSIÇÃO: "África, as Religiões do Êxtase"


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EXPOSIÇÃO: “África, as Religiões do Êxtase”
Museu Etnográfico de Genebra
18 Mai 2018 > 06 Jan 2019


As religiões africanas contemporâneas, o seu dinamismo e a sua versatilidade, são o tema desta exposição na qual África não é vista como um vasto território geográfico mas antes como um espaço cultural. O seu fio condutor incide na noção de “êxtase religioso”, assente numa comunhão cada vez mais forte com as divindades ou os espíritos. Quer se trate dos monoteísmos abraamicos nas suas mais diversas formas, dos cultos aos mortos, dos cultos ditos “de posse” ou ainda das práticas mágico-religiosas mais individuais, por todo a África se encontra esta busca de momentos de êxtase religioso, sinal dum contacto estreito, duma proximidade regular com o sagrado, com o divino.

É possível relacionar este êxtase religioso com noções de contemplação, arrebatamento, deslocamento, visão, beatitude, assombro, encantamento, exaltação, felicidade, embriaguez – tantas quantos os estados que podem caracterizar os momentos mais fervorosos da experiência e da expressão da fé. Qualificando uma forte experiência do sagrado – um poderoso envolvimento religioso -, uma jornada ao coração do misticismo, o êxtase remete, caso a caso, para os místicos fundadores ou os profetas de certas religiões, os sacerdotes e os iniciados, por vezes, mesmo, a todos os participantes no culto.

Definindo a religião como um conjunto de rituais que ligam os vivos entre eles face ao poder do invisível – deus único, divindades múltiplas, espíritos dos mortos ou a natureza - “África: As Religiões do Êxtase” mergulha o espectador numa atmosfera de misticismo e de descoberta do fervor dos crentes, convidando-o a percorrer a vasta galeria de exposições temporárias do Museu Etnográfico de Genebra ao encontro dos monoteísmos em África (islamismo, cristianismo e judaismo), das religiões africanas autóctones, da encarnação dos espíritos e do transe de estar possuído e ainda desses emaranhados de forças que são os universos mágico-religiosos. Às mais de 400 peças inéditas saídas do espólio do MEG, juntam-se as fascinantes imagens de cinco fotógrafos contemporâneos de renome internacional, uma série de curtos testemunhos filmados e instalações vídeo dum artista etíope, pontuando o percurso expositivo. Fascinante!

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