VISITA GUIADA: “Lojas
Históricas do Porto”
Orientada por | Manuel de Sousa
Organização | Gbliss
16 Dez 2017 | sab | 10:00
Onde poderemos encontrar um
crocodilo embalsamado, com 5 metros de comprido, suspenso do teto
duma casa comercial? Em que Café do Porto surgiu a primeira
televisão? E qual o Restaurante onde foi servida a primeira, a
original, “Francesinha”? As respostas a estas e muitas outras
questões vão sendo desvendadas ao longo da Visita Guiada intitulada
“Lojas Históricas do Porto”, conduzida pelo historiador Manuel
de Sousa, numa organização Gbliss. Ao longo de três horas, a
vocação comercial da segunda cidade do País é revelada nas
suas inúmeras facetas, dos momentos históricos que se estendem da
fundação da nacionalidade até aos nossos dias, passando pelas
histórias de sucesso, das quais a mais recente dá pelo nome de
Livraria Lello.
A crónica duma manhã de
descobertas não caberá em três breves parágrafos, mas importa
registar o pó a cobrir as garrafas de Porto de muitas décadas na
Favorita do Bolhão, esse verdadeiro tesouro escondido que é a
cafetaria da Bernardino Francisco Guimarães, o perfume das iguarias
na Casa Januário ou o fascínio que milhares de livros antiquíssimos
exercem sobre os privilegiados que têm a felicidade de visitar as
“catacumbas” da Moreira da Costa Alfarrabistas. Ao mesmo tempo,
damos asas à imaginação e entramos no Café Majestic ao lado de
Gago Coutinho no dia da inauguração, com Aurélio da Paz dos Reis
filmamos a saída das operárias da Fábrica Confiança, damos vivas
a D. Pedro II no Grande Hotel do Porto, “indignamo-nos” com os
escandalosos bonecos “com pilinha” do Bazar Paris ou tomamos um
“cimbalino” no Café Âncora d'Ouro, o popular “Piolho”, o
primeiro estabelecimento da cidade a adquirir uma máquina de café
expresso “La Cimbali”.
Esta foi, como se disse, uma
iniciativa da Gbliss, com direito a seguro de acidentes pessoais
incluído no valor da inscrição, para além duma garrafa de água,
sistema de auscultadores com excelente captação, bolinhos e café
delicioso a meio do percurso e – não menos importante - a simpatia
dos organizadores e do historiador Manuel de Sousa. De menos positivo
(ou talvez não), a azáfama duma cidade em vésperas de Natal,
tornando difícil a circulação do grupo, sobretudo no interior das
mercearias. Também a expectativa de que se iria visitar um número
considerável de lojas se revelou frustrada, porquanto esse número
se limitou a seis. Há, certamente, aspetos a afinar mas, no
essencial, a aposta nas “Lojas Históricas do Porto” está ganha.
Trata-se dum percurso com um potencial incrível, fácil de palmilhar
e do qual se retira um grande conhecimento e um inegável prazer.
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