Páginas

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

VISITA GUIADA: "Lojas Históricas do Porto"



VISITA GUIADA: “Lojas Históricas do Porto”
Orientada por | Manuel de Sousa
Organização | Gbliss
16 Dez 2017 | sab | 10:00


Onde poderemos encontrar um crocodilo embalsamado, com 5 metros de comprido, suspenso do teto duma casa comercial? Em que Café do Porto surgiu a primeira televisão? E qual o Restaurante onde foi servida a primeira, a original, “Francesinha”? As respostas a estas e muitas outras questões vão sendo desvendadas ao longo da Visita Guiada intitulada “Lojas Históricas do Porto”, conduzida pelo historiador Manuel de Sousa, numa organização Gbliss. Ao longo de três horas, a vocação comercial da segunda cidade do País é revelada nas suas inúmeras facetas, dos momentos históricos que se estendem da fundação da nacionalidade até aos nossos dias, passando pelas histórias de sucesso, das quais a mais recente dá pelo nome de Livraria Lello.

A crónica duma manhã de descobertas não caberá em três breves parágrafos, mas importa registar o pó a cobrir as garrafas de Porto de muitas décadas na Favorita do Bolhão, esse verdadeiro tesouro escondido que é a cafetaria da Bernardino Francisco Guimarães, o perfume das iguarias na Casa Januário ou o fascínio que milhares de livros antiquíssimos exercem sobre os privilegiados que têm a felicidade de visitar as “catacumbas” da Moreira da Costa Alfarrabistas. Ao mesmo tempo, damos asas à imaginação e entramos no Café Majestic ao lado de Gago Coutinho no dia da inauguração, com Aurélio da Paz dos Reis filmamos a saída das operárias da Fábrica Confiança, damos vivas a D. Pedro II no Grande Hotel do Porto, “indignamo-nos” com os escandalosos bonecos “com pilinha” do Bazar Paris ou tomamos um “cimbalino” no Café Âncora d'Ouro, o popular “Piolho”, o primeiro estabelecimento da cidade a adquirir uma máquina de café expresso “La Cimbali”.

Esta foi, como se disse, uma iniciativa da Gbliss, com direito a seguro de acidentes pessoais incluído no valor da inscrição, para além duma garrafa de água, sistema de auscultadores com excelente captação, bolinhos e café delicioso a meio do percurso e – não menos importante - a simpatia dos organizadores e do historiador Manuel de Sousa. De menos positivo (ou talvez não), a azáfama duma cidade em vésperas de Natal, tornando difícil a circulação do grupo, sobretudo no interior das mercearias. Também a expectativa de que se iria visitar um número considerável de lojas se revelou frustrada, porquanto esse número se limitou a seis. Há, certamente, aspetos a afinar mas, no essencial, a aposta nas “Lojas Históricas do Porto” está ganha. Trata-se dum percurso com um potencial incrível, fácil de palmilhar e do qual se retira um grande conhecimento e um inegável prazer.

Sem comentários:

Enviar um comentário