ESPAÇO: Museo Nacional de Cerámica
y Artes Suntuarias González Martí
Palacio del Marqués de Dos Aguas,
Valencia (Espanha)
De Terça a Sábado, das 10:00 às
14:00 e das 16:00 às 20:00 horas.
Domingos e Feriados, das 10:00
às 14:00
Encerrado às Segundas
O Museo Nacional de Cerámica y Artes
Suntuarias González Martí está situado no Palacio del Marqués de
Dos Aguas, bem no coração da cidade de Valencia (Espanha). Foi inaugurado em 18 de
Junho de 1954, a partir da doação ao Estado da coleção de
cerâmica de Manuel González Martí. Independentemente da parte
museológica e do enorme valor e interesse das obras expostas, o Palácio
merece, por si só, uma visita. Declarado monumento
historico-artistico en 1941, foi adquirido pelo Estado em 1949 para
receber a coleção de cerâmica. De planta quadrangular irregular,
está organizado em torno de um pátio e com torres nos cantos. O
imponente portal principal, todo em alabastro, é encimado pela
imagem da Virgem do Rosário e ladeado por dois atlantes (colunas
antropomórficas), com um aspecto de voluptuosidade transbordante e que
simbolizam dois rios, numa alusão ao título dos marqueses.
Decoradas com estuques e pinturas murais, as salas apresentam, para
além de parte do mobiliário original, pinturas e objetos variados.
O percurso museológico foi desenhado
cronologicamente, começando por uma abordagem ao período neolítico,
com amostras de materiais e peças de diferentes culturas. A cerâmica
hispano-árabe está bem representada, principalmente com exemplares
das oficinas muçulmanas da região de Valência, destacando-se as
dos séculos XIII e XIV decoradas a verde e manganês. Estes tipos de
cerâmica estão na base da cerâmica de produção espanhola e
cristã a partir de Málaga e que se estendeu posteriormente a
Valência. Em lugar de destaque encontramos a cerâmica de Manises de
louça dourada cujo enorme sucesso no Século XV, fez com que se
exportasse para toda a Europa onde serviu para ornamentar os salões
da nobreza. Louça do Renascimento, azulejaria heráldica, louça
dourada de inspiração mourisca e porcelana chinesa e suas imitações
tomam conta das salas dedicadas aos séculos seguintes. A Real
Fábrica de Alcora, o grande centro inovador da porcelana valenciana
no século XVIII, está aqui igualmente bem representada.
O advento do modernismo levou à
recuperação das peças cerâmicas com reflexos metálicos,
aplicando-se à decoração arquitetónica de interiores e exteriores
de edificios, bem como a objetos decorativos. Estão neste caso
algumas obras do escultor valenciano Mariano Benlliure. A cerâmica
de autor está igualmente representada com diversas obras de autores
do Século XX, entre as quais se encontram algumas doações de Pablo
Picasso.
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