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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

ESPAÇO: Museo Nacional de Cerámica y Artes Suntuarias González Martí



ESPAÇO: Museo Nacional de Cerámica y Artes Suntuarias González Martí
Palacio del Marqués de Dos Aguas, Valencia (Espanha)
De Terça a Sábado, das 10:00 às 14:00 e das 16:00 às 20:00 horas.
Domingos e Feriados, das 10:00 às 14:00
Encerrado às Segundas


O Museo Nacional de Cerámica y Artes Suntuarias González Martí está situado no Palacio del Marqués de Dos Aguas, bem no coração da cidade de Valencia (Espanha). Foi inaugurado em 18 de Junho de 1954, a partir da doação ao Estado da coleção de cerâmica de Manuel González Martí. Independentemente da parte museológica e do enorme valor e interesse das obras expostas, o Palácio merece, por si só, uma visita. Declarado monumento historico-artistico en 1941, foi adquirido pelo Estado em 1949 para receber a coleção de cerâmica. De planta quadrangular irregular, está organizado em torno de um pátio e com torres nos cantos. O imponente portal principal, todo em alabastro, é encimado pela imagem da Virgem do Rosário e ladeado por dois atlantes (colunas antropomórficas), com um aspecto de voluptuosidade transbordante e que simbolizam dois rios, numa alusão ao título dos marqueses. Decoradas com estuques e pinturas murais, as salas apresentam, para além de parte do mobiliário original, pinturas e objetos variados.

O percurso museológico foi desenhado cronologicamente, começando por uma abordagem ao período neolítico, com amostras de materiais e peças de diferentes culturas. A cerâmica hispano-árabe está bem representada, principalmente com exemplares das oficinas muçulmanas da região de Valência, destacando-se as dos séculos XIII e XIV decoradas a verde e manganês. Estes tipos de cerâmica estão na base da cerâmica de produção espanhola e cristã a partir de Málaga e que se estendeu posteriormente a Valência. Em lugar de destaque encontramos a cerâmica de Manises de louça dourada cujo enorme sucesso no Século XV, fez com que se exportasse para toda a Europa onde serviu para ornamentar os salões da nobreza. Louça do Renascimento, azulejaria heráldica, louça dourada de inspiração mourisca e porcelana chinesa e suas imitações tomam conta das salas dedicadas aos séculos seguintes. A Real Fábrica de Alcora, o grande centro inovador da porcelana valenciana no século XVIII, está aqui igualmente bem representada.

O advento do modernismo levou à recuperação das peças cerâmicas com reflexos metálicos, aplicando-se à decoração arquitetónica de interiores e exteriores de edificios, bem como a objetos decorativos. Estão neste caso algumas obras do escultor valenciano Mariano Benlliure. A cerâmica de autor está igualmente representada com diversas obras de autores do Século XX, entre as quais se encontram algumas doações de Pablo Picasso.


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