CINEMA: “Al Berto”
Realização e Argumento |
Vicente Alves do Ó
Interpretação | Ricardo
Teixeira, José Pimentão, Raquel Rocha Vieira, José Leite, Gabriela
Barros, Ana Vilela da Costa, João Villas-Boas, Mia Tomé, José
Condessa
Produção | Ukbar Filmes,
Pandora da Cunha Telles, Pablo Iraola
Portugal | 2017 | Drama | 109
min.
Cinema Dolce Espaço, Ovar
20 out 2017 | sex | 16:00
“Al Berto” assume-se como a
primeira longa-metragem sobre o poeta Alberto Raposo Pidwell Tavares,
abordando o seu regresso a Portugal após uma longa estadia em
Bruxelas onde estudou Belas Artes. Estamos no Verão de 1975 e Sines
transpira a vida excêntrica e avant garde de Al Berto pouco tempo
após a revolução dos cravos. Mas até a liberdade tem limites e,
para as gentes da terra, o comportamento de Al Berto e dos amigos
será alvo da maior condenação.
Vida excêntrica e avant garde,
muita. Poesia, percurso literário, muito pouco, quase nada. Se a
originalidade em Al Berto, o “poeta maldito”, se manifesta
na o ousadia de fazer do corpo textual uma
metáfora viva da vida do seu corpo e de o transformar em
textos-imagens para que possam ser lidos, nada disso é vertido no filme. Esta é,
pois, a história dum jovem concreto numa vila concreta, que poderia
ser qualquer outro jovem, noutra qualquer vila deste País a despertar
para o Mundo do pós-25 de Abril imediato.
Tudo o mais são clichés, que outra coisa não seria de esperar. Ideais soltas que não passam disso mesmo, que se ficam
pela rama e que levam o espectador a dar o seu tempo por mal empregue.
Definitivamente, Al Berto - o poeta, pintor, editor e animador
cultural que nos deixou há duas décadas, aos 47 anos de idade – era merecedor de mais!

Sem comentários:
Enviar um comentário