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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

CINEMA: "Al Berto"



CINEMA: “Al Berto”
Realização e Argumento | Vicente Alves do Ó
Interpretação | Ricardo Teixeira, José Pimentão, Raquel Rocha Vieira, José Leite, Gabriela Barros, Ana Vilela da Costa, João Villas-Boas, Mia Tomé, José Condessa
Produção | Ukbar Filmes, Pandora da Cunha Telles, Pablo Iraola
Portugal | 2017 | Drama | 109 min.
Cinema Dolce Espaço, Ovar
20 out 2017 | sex | 16:00


Al Berto” assume-se como a primeira longa-metragem sobre o poeta Alberto Raposo Pidwell Tavares, abordando o seu regresso a Portugal após uma longa estadia em Bruxelas onde estudou Belas Artes. Estamos no Verão de 1975 e Sines transpira a vida excêntrica e avant garde de Al Berto pouco tempo após a revolução dos cravos. Mas até a liberdade tem limites e, para as gentes da terra, o comportamento de Al Berto e dos amigos será alvo da maior condenação.

Vida excêntrica e avant garde, muita. Poesia, percurso literário, muito pouco, quase nada. Se a originalidade em Al Berto, o “poeta maldito”, se manifesta na o ousadia de fazer do corpo textual uma metáfora viva da vida do seu corpo e de o transformar em textos-imagens para que possam ser lidos, nada disso é vertido no filme. Esta é, pois, a história dum jovem concreto numa vila concreta, que poderia ser qualquer outro jovem, noutra qualquer vila deste País a despertar para o Mundo do pós-25 de Abril imediato.

Tudo o mais são clichés, que outra coisa não seria de esperar. Ideais soltas que não passam disso mesmo, que se ficam pela rama e que levam o espectador a dar o seu tempo por mal empregue. Definitivamente, Al Berto - o poeta, pintor, editor e animador cultural que nos deixou há duas décadas, aos 47 anos de idade – era merecedor de mais!

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