LUGARES: Catedral de Toledo
Calle Cardenal Cisneros, 1
Horários | De segunda-feira a sábado, das 10:00 às 18:30 e domingos, das 14:00 às 18:30
Ingressos | € 12,00 (bilhete normal)
A Catedral de Toledo, também conhecida por Catedral de Santa Maria ou Catedral Primaz da Espanha, ergue-se no mesmo lugar onde existiu o primeiro templo religioso da cidade na época romana e a posterior basílica visigóticas. Coube ao rei Fernando III, o Santo, e ao arcebispo Rodrigo Jiménez de Rada lançarem a primeira pedra no ano 1227. Desde então é considerada como um dos principais tesouros patrimoniais do mundo, a Rica Toledana, a Dives Toledana. Posteriormente a essa data, foram sendo terminadas as quinze capelas do deambulatório. Por volta do ano de 1300 foi finalizada a nave do cruzeiro, embora as obras tenham prosseguido durante os dois séculos seguintes. As últimas adições foram feitas no século XV, quando as abóbadas ao pé da nave central foram fechadas em 1493, durante o reinado dos Reis Católicos. Encomendado pelo cardeal Cisneros e realizado entre 1497 e 1504, o retábulo da capela principal, de cinco corpos, contém cenas do Novo Testamento, com esculturas policromadas de tamanho natural e em madeira dourada ao fogo. A Capela de Santiago, do século XV, é de estilo gótico flamejante e custodia os sarcófagos do condestável de Castilla, Don Álvaro de Luna, e de sua esposa, Doña Juana de Pimentel.
Várias reformas específicas foram realizadas nos séculos subsequentes, como as das suas fachadas, no século XVIII, e a construção da sua última porta de acesso pela rua, chamada La Llana, em 1800. O templo é composto por cinco naves, além do transepto e do deambulatório duplo. As naves externas são ligeiramente mais largas que as internas; todas possuem abóbadas quadripartidas, excepto o transepto e a capela-mor, que são reforçados com terceirões. Uma série de capelas menores abrem-se para as naves laterais e para o deambulatório do templo, projectadas com plantas retangulares e triangulares alternadas, resultando em diferentes tamanhos para cada capela. Entre as mais notáveis estão a Capela Moçárabe, a Capela de Santo Ildefonso, a Capela de Santiago, a Capela dos Novos Reis, a Capela-Mor ou a Capela da Descida, ao pé da nave do Evangelho. Destaque ainda para a torre, localizada no canto noroeste da fachada principal, em estilo gótico flamejante. A construção começou em 1380 pelo Mestre Alfonso, continuou com o Mestre Alvar Martínez e foi concluída por Hanequín de Bruxelas no século XV. Tem 92 metros de altura, externamente o seu corpo quadrado é dividido em seis seções desiguais e é coroada por uma torre metálica em forma de prisma piramidal de oito lados, construída no século XIX
Considerado o mais grandioso da cristandade, o impressionante coro é a parte mais antiga da igreja e conserva alguns dos trifórios mudéjares originais que se estendiam ao longo das naves. O restante foi substituído, no período gótico, por grandes vitrais. A grade que o limita foi lavrada por Domingo de Céspedes entre 1541 e 1548. A Virgem Branca e o Menino Jesus, que a observa, sorri e acaricia o queixo, despertaram o entusiasmo dos toledos à época, nada habituados a ver as imagens a sorrir nos altares. O cadeiral do coro baixo começou a ser elaborado no século XV com cenas de rendição de praças e fortalezas até à conquista de Granada. Já o coro alto é composto de 72 lugares e foi realizado por Alonso de Berruguete e Felipe Vigarni no século XVI. O chamado Ochavo é uma suntuosa dependência do final do séc. XVI dedicada aos mártires e testemunhas de Cristo, que guarda peças de grande valor como o relicário de São Luís, um busto de São João Batista e a Cruz do cardeal Mendoza. Na sacristia principal é possível admirar obras de Luca Giordano, Caravaggio, Tiziano, Goya, Van Dick, Rafael, Orrente, Tristán ou Morales, mas é “El Expolio”, um quadro pintado por El Greco entre 1577 e 1579, quem mais atrai a atenção do visitante.
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