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EXPOSIÇÃO DE PINTURA, ESCULTURA,
INSTALAÇÃO E VÍDEO: “Incolor”,
de Bordalo II, Forest Dump e Miguel
Januário
Museu da Água de Coimbra
22 Mar > 26 Mai 2019
“Incolor e presente é como a água
deve ser: sem contaminação, sem plásticos, sem microplásticos,
sem poluição e sem gastos absurdos que a tornem inexistente em vez
de transparente”. É esta a mensagem de “Incolor”, exposição
que junta três grandes nomes da Arte Urbana - Bordalo II, Forest
Dump e Miguel Januário, aka ±MAISMENOS± - e que está patente no
Museu da Água, em Coimbra, até ao próximo dia 26 de Maio. Entre
pintura, escultura, instalação e vídeo, as peças estão expostas
tanto no interior do edifício como no seu exterior, em pleno Parque
Verde de Coimbra, e podem ser entendidas, no seu conjunto, como um
projecto de educação ambiental, uma chamada de atenção para a
irresponsabilidade das políticas económicas e ecológicas e seu
impacto negativo sobre o planeta.
Na sequência dos anteriores trabalhos
destes artistas, estamos perante mais uma “exposição-manifesto”
que denuncia os efeitos da sociedade de consumo sobre a natureza.
Criados a partir de restos de lixo, na sua grande maioria plástico,
são pouco mais de uma dezena os trabalhos expostos que evidenciam
esta autofagia destrutiva e as consequências desastrosas da
globalização. Convidado a penetrar no “miolo” da exposição
através dum bivalve, o visitante depara-se com um lavatório onde
pinga água negra ou uma banheira repleta de detritos de plástico,
lixo recolhido à beira-mar devidamente “catalogado” ou
esculturas sugestivas do efeito da poluição sobre o meio ambiente.
No exterior pode ver-se uma tartaruga gigante, um regador ou a
mensagem H2OPE, feitos igualmente a partir de detritos das mais
diversas proveniências.
Um estudo divulgado em Janeiro de 2018
pelo departamento de ciência do governo do Reino Unido revelou
uma tendência nada animadora: até 2025, os oceanos estarão três
vezes mais poluídos com plástico. Detritos de maiores dimensões
podem asfixiar animais, enquanto os plásticos menores podem ser
ingeridos por peixes – que se tornam alimento para outros animais
da cadeia alimentar, inclusive os seres humanos. Por conta dos
diferentes produtos químicos que entram na sua composição, a
presença destes materiais aumenta ainda mais os desequilíbrios
ambientais. Sensibilizar e educar através da arte, eis o
objectivo de “Incolor”. Uma exposição de elevado interesse
pedagógico, dirigida a todos e de visita obrigatória!
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