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EXPOSIÇÃO: “Game, Set, Match –
Três Conceitos do Livro de Artista”
Museu de Serralves
28 Jun > 20 Out 2019
Os livros de artista, obras de arte que
adoptam o formato e os modos de distribuição específicos do livro,
começaram a ganhar notoriedade em meados dos anos 1960. Ofereciam
aos artistas uma forma de arte barata e de fácil distribuição que
respondia ao desejo generalizado de levar a arte para fora do
contexto da galeria. Depois de terem quase desaparecido nos anos
1980, os livros de artista encontraram uma energia nova como forma de
expressão artística em meados da década de 1990. A nova
acessibilidade de tecnologias de edição digital e impressão, cada
vez mais baratas, a par da facilidade de comunicação oferecida pela
internet, tornaram relativamente fácil publicar um livro ou fanzine.
Os artistas podiam, assim, ter controlo absoluto sobre o seu próprio
trabalho desde o primeiro vislumbre de uma ideia, passando pela sua
edição e publicação, até à comercialização final.
Orientada por Guy Schraenen ao longo de
duas décadas e até à sua morte, no ano passado, a colecção de
livros de artista do Museu de Serralves é uma das mais importantes
da Europa. Nela estão representadas todo o tipo de tendências deste
género artístico, com exemplares de artistas tão importantes como
John M. Belis, Sol LeWitt, Jean-François Bory, Yves Klein, James Lee
ByarsRaymond Queneau ou Andy Warhol.
Por ocasião do 20º aniversário do
Museu, a exposição em três capítulos “Game, Set, Match”
apresenta as mais destacadas publicações de artistas visuais em
todas as áreas, analisando os três campos principais de
investigação dentro do universo dos livros de artista: se no
primeiro capítulo da exposição está em foco a noção tautológica
do livro de artista enquanto livro, o segundo capítulo reflecte
sobre o livro de artista como obra de arte de direito próprio,
equivalente a uma pintura ou escultura; o terceiro capítulo
centra-se em trabalhos que se situam na interface entre livro e
objecto. Em conjunto, os trabalhos apresentados são exemplos de como
os artistas metamorfoseiam os aspectos correntes do livro, não
destruindo as suas ideias-chave, mas antes dando-lhe nova vida e
novas perspectivas.
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