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quarta-feira, 10 de julho de 2019

EXPOSIÇÃO: "Game, Set, Match - Três Conceitos do Livro de Artista"


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EXPOSIÇÃO: “Game, Set, Match – Três Conceitos do Livro de Artista”
Museu de Serralves
28 Jun > 20 Out 2019


Os livros de artista, obras de arte que adoptam o formato e os modos de distribuição específicos do livro, começaram a ganhar notoriedade em meados dos anos 1960. Ofereciam aos artistas uma forma de arte barata e de fácil distribuição que respondia ao desejo generalizado de levar a arte para fora do contexto da galeria. Depois de terem quase desaparecido nos anos 1980, os livros de artista encontraram uma energia nova como forma de expressão artística em meados da década de 1990. A nova acessibilidade de tecnologias de edição digital e impressão, cada vez mais baratas, a par da facilidade de comunicação oferecida pela internet, tornaram relativamente fácil publicar um livro ou fanzine. Os artistas podiam, assim, ter controlo absoluto sobre o seu próprio trabalho desde o primeiro vislumbre de uma ideia, passando pela sua edição e publicação, até à comercialização final.

Orientada por Guy Schraenen ao longo de duas décadas e até à sua morte, no ano passado, a colecção de livros de artista do Museu de Serralves é uma das mais importantes da Europa. Nela estão representadas todo o tipo de tendências deste género artístico, com exemplares de artistas tão importantes como John M. Belis, Sol LeWitt, Jean-François Bory, Yves Klein, James Lee ByarsRaymond Queneau ou Andy Warhol.

Por ocasião do 20º aniversário do Museu, a exposição em três capítulos “Game, Set, Match” apresenta as mais destacadas publicações de artistas visuais em todas as áreas, analisando os três campos principais de investigação dentro do universo dos livros de artista: se no primeiro capítulo da exposição está em foco a noção tautológica do livro de artista enquanto livro, o segundo capítulo reflecte sobre o livro de artista como obra de arte de direito próprio, equivalente a uma pintura ou escultura; o terceiro capítulo centra-se em trabalhos que se situam na interface entre livro e objecto. Em conjunto, os trabalhos apresentados são exemplos de como os artistas metamorfoseiam os aspectos correntes do livro, não destruindo as suas ideias-chave, mas antes dando-lhe nova vida e novas perspectivas.

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