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LUGARES



ESPAÇOS: Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões
APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo
Molhe Sul do Porto de Leixões, Matosinhos
Visitas Guiadas | Domingo às 10:30, 11:30 (de preferencia em inglês) e 12:30; entrada a partir das 09:30, última entrada às 12:00
Custo do Ingresso | Bilhete normal 5€; bilhete reduzido (maiores 65 anos, cartão estudante, cartão jovem) 3,5€


Nascido duma parceria entre a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e a Universidade do Porto, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões é o maior projeto de sempre de abertura do porto à cidade, fazendo do Porto de Leixões uma importante porta de entrada na região e impulsionando definitivamente o crescimento do número de navios de cruzeiro e de passageiros em Leixões.

Obra com a assinatura do Arquitecto Luís Pedro Silva e ícone incontornável na paisagem arquitectónica da marginal de Matosinhos e do Porto, o edifício surge da síntese de vários movimentos e fluxos que englobam, para além do corpo central, um braço que vem ao navio, outro que vai à curva do molhe sul do porto, outro que leva à cidade e outro, ainda, que cai dentro do edifício. Colocando de parte a ideia de que um terminal de cruzeiros é apenas uma sala de espera, o desenho do edifício ultrapassa harmoniosamente esta visão estritamente funcional e dá significado ao fluxo de passageiros através das suas linhas circulares, sugestivas de movimento.

O terminal, no seu conjunto, contempla um cais para navios de cruzeiro até 320m de comprimento, um porto de recreio para 170 embarcações, um edifício principal, com aproximadamente 1.500m2 de área útil e que inclui o Pólo do Mar da Universidade do Porto, uma unidade de investigação que integra administração, laboratórios e aquários. Por nascer encontra-se um acesso pedonal para o público em geral com ligação a parte do edifício principal, interligando desta forma a cidade de Matosinhos ao novo Terminal de Cruzeiros. Pelo seu valor arquitectónico, enquadramento paisagístico e até pela sua fotogenia – as superfícies curvas, revestidas com azulejos cerâmicos hexagonais que refractam a luz e formam padrões aleatórios, oferecendo perspectivas magníficas ao nosso olhar –, este é um edifício que merece uma visita atenta.




ESPAÇOS: Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim
Localização | Rua Guerra Junqueiro, Porto
Horário | Domingo a Sexta feira, das 14:00 às 17:30 (visita com marcação)
Site | http://www.comunidade-israelita-porto.org/


Sede da Comunidade Israelita do Porto, a Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim (“Fonte da Vida”) situa-se na Rua Guerra Junqueiro e é a maior da Península Ibérica. O início da sua construção teve lugar em 1929 e foi concluída nove anos mais tarde, em grande medida graças aos muitos fundos doados pela comunidade judaica internacional mas, particularmente, pelos Kadoorie, uma família de Hong Kong que quis, desta forma, honrar a memória de Laura Kadoorie, descendente de portugueses. Trata-se de um edifício de características Art Deco, de linhas e dimensões invulgares, com traço dos Arquitectos Arthur de Almeida Júnior, Augusto Santos Malta e, muito provavelmente, Mestre Rogério de Azevedo.

A história da Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim encontra-se intrinsecamente ligada à vida e obra do    seu fundador, o capitão Artur Barros Basto, um oficial do exército português convertido ao Judaísmo em 1920. Tendo-se estabelecido no Porto em 1921, conseguiu reunir à sua volta cerca de vinte judeus asquenazim, originários da Alemanha, Lituânia, Polónia e Rússia, fundando em 1923 a Comunidade Israelita do Porto. A inauguração da Sinagoga em vésperas do início da II Guerra Mundial permitiu abrigar temporariamente centenas de judeus que encontraram no Porto um ponto de passagem para paragens mais tranquilas e distantes das zonas de conflito. Barros Basto viria a ser julgado em 1937 pelo Conselho Superior de Disciplina do Exército e afastado da instituição militar por participar nas    cerimónias de circuncisão dos alunos do Instituto Teológico Israelita do Porto, facto que aquele Conselho considerou “imoral”. Só em 29 de Fevereiro de 2012 o nome de Barros Basto foi reabilitado, no seguimento de uma petição apresentada à Assembleia da República, pela neta, a 31 de Outubro de 2011.

Apresentando a austeridade natural de um local de culto, o interior da Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim integra uma profusão de elementos decorativos de estilo marroquino-sefardita, desde as letras hebraicas contendo passagens da Torah, aos cerca de 20 mil azulejos, todos portugueses e pintados à mão que recobrem parte das suas paredes. Coberta por uma cortina com dois leões bordados, a arca sagrada contém a Torah que é retirada para os serviços religiosos e está sempre virada para Jerusalém, como manda a tradição. Durante o serviço religioso, os homens são os únicos que podem ficar na parte principal do templo, no rés-do-chão. As mulheres ficam em cima, num primeiro andar em redor do espaço central. Para se entrar na sinagoga, a tradição obriga ao uso de kippah na cabeça e durante a oração um judeu deve ter sempre a cabeça coberta em sinal de respeito a Deus. Todos os serviços são em hebraico e fechados ao público.

A Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim integra ainda um Museu Judaico onde é possível encontrar pedaços da história do Judaísmo e das perseguições a que os judeus foram sujeitos em Portugal. Numa das salas é possível apreciar o local onde funcionou, logo nos primeiros dias do edifício que mais tarde se tornou sinagoga, uma escola. Entre 1930 e 1935, o Instituto Teológico Israelita, criado em regime de internato, teve ali as suas instalações. Chegou a ter 80 alunos e é possível ver carteiras antigas, o quadro de madeira preto e vários mapas. Além de diversos objectos, como uma cadeira onde se realizavam as circuncisões e muitos documentos e fotos, há outros motivos de interesse como uma lista de 842 nomes de vítimas da Inquisição entre 1541 e 1737, só da zona do Porto. Ocupam também lugar de destaque registos documentais provenientes de Hong Kong sobre a família de beneméritos Kadoorie e a sua ligação aos judeus do Porto.




LUGARES: Palácio da Bolsa
Rua Ferreira Borges, Porto
Horário | Novembro a Março: das 09:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:30. Abril a Outubro: das 09:00    às 18:30. A visita, obrigatoriamente guiada, tem uma duração aproximada de 45 minutos sendo o idioma marcado consoante ordem de chegada (idiomas: Português, Espanhol, Francês, Inglês)
Ingresso | Visita guiada (adulto): 9,00 €

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Talvez valha a pena começar este “passeio” ao Palácio da Bolsa com uma informação que pode ser particularmente útil: Se pretende visitar este que é um dos locais emblemáticos da cidade do Porto - Declarado Monumento Nacional por Decreto-Lei de 26 de Fevereiro de 1982 - e também um dos mais procurados, reserve antecipadamente a visita. Caso não o faça, corre o risco de “penar” largos minutos numa fila que, na sua parte final, ocupa um espaço exíguo e se torna particularmente ruidosa e incómoda. É que o local é procurado por visitantes de todo o mundo, ascendendo aos 300.000 por ano e, por isso, aqui fica a sugestão de quem não reservou… e penou!

Sede e propriedade da Associação Comercial do Porto, o Palácio da Bolsa foi edificado no espaço outrora ocupado pelo Convento de S. Francisco, destruído por um pavoroso incêndio na noite de 24 de Julho de 1832, em pleno cerco do Porto. Dois anos mais tarde é concedida autorização régia ao corpo do comércio da cidade do Porto para utilização do convento em ruínas, com vista à instalação do Tribunal do Comércio e da Associação Comercial, mas teremos de esperar pelo dia 6 de Outubro de 1842, para assistirmos à colocação da primeira pedra do novo edifício, sob a presidência de José Henriques Soares, Barão de Ancede.

Com projecto geral da autoria do arquitecto Joaquim da Costa Lima e construído ao longo de quase 70 anos, o Palácio da Bolsa apresenta em todo o seu esplendor traços do neoclássico oitocentista. Gustavo Adolpho Gonçalves e Sousa, Tomás Augusto Soller, Araújo Júnior, Silva Pereira, Marques da Silva, Luigi Manini, António Ramalho, António Carneiro, Veloso Salgado, Marques de Oliveira, Soares dos Reis, Eduardo Malta, Teixeira Lopes ou Henrique Medina, para além do já referido Joaquim da Costa Lima, foram apenas alguns dos nomes que contribuíram para a construção deste emblemático espaço, cujas obras foram dadas por concluídas em 1909, por ocasião da visita do rei D. Manuel II à cidade. Com a implementação da República, a 5 de Outubro de 1910, o Palácio da Bolsa é inventariado e desocupado e só em 1918, durante a governação de Sidónio Pais, o edifício virá a ser devolvido à Associação Comercial do Porto.

A visita tem uma duração aproximada de 45 minutos e percorre as inúmeras salas e pátios que fazem deste palácio um exemplar único em Portugal. Com início no Pátio das Nações e término no imponente Salão Árabe, o percurso convida-nos a apreciar a Sala do Tribunal, Sala Dourada, Sala das Assembleias Gerais e Sala dos Retratos, entre outros, dando a ver o valioso mobiliário, os estuques decorativos, o detalhe dos soalhos marchetados e embutidos, os brasões e representações heráldicas, as esculturas e telas de óleos e frescos dos grandes mestres portugueses. O Gabinete de Gustavo Eiffel, o primeiro telégrafo usado em Portugal para fins comerciais, um termómetro que mostra a temperatura adequada para a eclosão dos bichos da seda, a famosa mesa do entalhador Zeferino José Pinto que levou três anos a ser construída ou o retrato de D. Carlos I, vandalizado com dois tiros de pistola no período conturbado que se seguiu à implantação da República, são igualmente motivos de interesse numa visita que é uma verdadeira aula de História. A não perder!




LUGARES: Museu de Portimão
Localização | Rua D. Carlos I, Portimão
Horários | 01 Set > 31 Jul: 3ª das 14h30 às 18h00; 4ª a domingo das 10h00h às 18h00. 01 Ago > 31 Ago: 3ª das 19h30h às 23h00; 4ª a domingo das 15h00h às 23h00. Encerra: Segunda, Terça (até às 19h30) e nos Feriados Nacionais.
Ingresso (Adulto) | € 3,00. Gratuito ao Sábado, das 10:00 às 14:00 (ou das 15:00 às 19:00, durante o mês de Agosto)



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A história de Portimão encontra-se profundamente interligada com os recursos naturais da matriz mediterrânica do seu território e com a forte relação fluvial e marítima. Neste contexto, surgem desde a antiguidade os processos de transformação e conservação pelo sal da riqueza piscícola das suas águas e mais tarde, no século XX, uma importante indústria piscatória e conserveira que ocupou as margens do Arade. Em 1996, a necessidade de preservar toda esta relação histórica motivou a aquisição, pelo Município de Portimão, da antiga fábrica de conservas de peixe “São Francisco”, localizada na frente ribeirinha da cidade. É desse renovado edifício fabril, datado dos finais do séc. XIX, que surge a 17 de Maio de 2008 o Museu de Portimão, pólo de difusão cultural e espaço de descoberta das origens e da evolução da comunidade, do seu território e dos aspectos mais marcantes da sua história industrial e marítima.

Programada como a principal exposição de referência do museu, ocupando as naves industriais do anterior edifício fabril e distribuída por uma área de cerca de 1000 m2, “Portimão, Território e Identidade” representa uma síntese histórica do percurso desenhado pelas comunidades locais, desde a pré-história até à actualidade. Num primeiro pólo, podemos apreciar os elementos históricos mais decisivos e presentes na organização da cultura das sociedades locais. Por ordem cronológica são mostrados os sinais da ocupação milenar do território, das comunidades pré-históricas de Alcalar, à presença românica e islâmica. A ligação ao Rio Arade – uma porta entre o Mediterrâneo e o Atlântico -, a indústria de construção naval em madeira e a transformação do figo, que resultou no primeiro grande momento de expansão económica de Portimão, são marcas distintivas dum passado não muito longínquo. A história singular do portimonense Manuel Teixeira Gomes, Presidente da República entre 06 de Outubro de 1923 e 11 de Dezembro de 1925, merece igualmente um lugar de destaque neste pólo.

A memória industrial conserveira e a profunda relação histórica com o rio Arade e o Atlântico constituem-se como os temas centrais do segundo pólo expositivo. Através dele, destaca-se o papel dos homens e mulheres na actividade económica mais relevante de Portimão e do Algarve, antes da mudança para o novo paradigma, a indústria do turismo. Partindo do próprio espaço fabril e em especial da recuperada “Casa de Descabeço”, o visitante é conduzido da antiga lota do cais de Portimão até ao coração das fábricas, acompanhando o processo de fabrico, embalagem e promoção das conservas portimonenses. Particularmente interessante é o documentário “O Jogo da Sardinha”, de 1946, que descreve todo o processo do fabrico das conservas de peixe e oferece uma ideia clara sobre a actividade laboral nos anos dourados da indústria conserveira. O último pólo expositivo convida o visitante a descer um piso até à antiga cisterna da Fábrica. No mesmo local onde se recolhiam e reaproveitavam as águas pluviais para alimentar os tanques de salmoura e as caldeiras da fábrica, descobrem-se agora as imagens em movimento da fauna e flora subaquáticas do Rio Arade e da orla costeira de Portimão. Nesta mesma Cisterna, em Setembro de 2013, foi instalado o núcleo Ocean Revival - Parque Subaquático de Portimão, possibilitando ao visitante acompanhar em terra o que se passa debaixo de água com os navios afundados a cerca de três milhas da Praia de Alvor.




LUGARES: Museu Coleção Berardo
Localização | Centro Cultural de Belém, Praça do Império, Lisboa
Horários | Segunda-feira a Domingo, das 10:00 às 19:00 (última entrada às 18:30)
Ingresso (Adulto) | € 5,00 (gratuito ao Sábado, durante todo o dia)



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Instituição museológica de referência no nosso país, o Museu Coleção Berardo foi inaugurado em 25 de Junho de 2007 e acolhe exposições temporárias e uma colecção permanente (Coleção Berardo), na qual estão representados os movimentos artísticos mais significativos do século XX até à actualidade. Nomes como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Marcel Duchamp, Piet Mondrian, Joan Miró, Francis Bacon, Andy Warhol, Donald Judd, Bruce Nauman ou Cindy Sherman, entre muitos outros, são apresentados no âmbito dos movimentos que as suas obras permitiram definir, numa sucessão cronológica que possibilita uma viagem no tempo.

A exposição permanente da Coleção Berardo articula-se em dois pisos do espaço do museu. O piso 2 centra-se na arte moderna; inicia-se no dealbar do século XX com Pablo Picasso e a criação do Cubismo e com Marcel Duchamp e as questões do ready-made, evoluindo até ao Neodadaísmo, ao Nouveau Réalisme e à Pop Art britânica e americana. O piso -1 é dedicado ao período posterior (de 1960 até aos nossos dias), seguindo uma ordem cronológica e agrupando os movimentos mais significativos das neo-vanguardas (minimalismo, conceptualismo, Land Art, Arte Povera e outros).

Com um carácter histórico ou prospectivo e experimental, as exposições temporárias complementam a panorâmica apresentada pela colecção permanente do Museu Coleção Berardo, expandindo novas perspectivas sobre um determinado período ou apresentando as preocupações com as quais os artistas contemporâneos se confrontam, bem como as novas práticas e atitudes que caracterizam o presente. O Museu está aberto todos os dias e é gratuito ao Sábado. A não perder!





LUGARES: Fundação Manuel Cargaleiro | Museu Cargaleiro
Localização | Rua dos Cavaleiros, 23 – Castelo Branco
Horários | Terça a Domingo, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00
Ingresso (Adulto) | 2,00 €


A planificação duma visita a Castelo Branco, por curta que seja, não pode deixar de fora o Museu Cargaleiro. Constituído por dois edifícios contíguos – o “Solar dos Cavaleiros”, um palacete construído no século XVIII e um edifício contemporâneo já deste século – o Museu alberga uma boa parte do espólio doado pelo mestre Manuel Cargaleiro à Fundação com o seu nome, constituindo um património de enorme valor artístico, histórico e cultural. Trata-se duma oportunidade única de espraiar o olhar sobre obras duma singular beleza e duma harmonia ímpar, juntando a alegria da cor e do traço à emoção das coisas simples.

No edifício do Solar dos Cavaleiros, encontra-se exposta parte da Colecção de Cerâmica da Fundação Manuel Cargaleiro. As duas primeiras salas de exposição concentram um núcleo muito especial de faiança, vulgarmente denominada Cerâmica Ratinha, que ocupa uma posição particular no âmbito da cerâmica nacional. Nas seguintes salas expositivas encontramos ainda a Cerâmica de Triana, em que se destacam os Lebrillos Trianeros. Tal como o nome indica esta cerâmica é proveniente de Triana, um bairro típico de Sevilha, junto ao rio Guadalquivir. Ainda neste edifício, o visitante não deverá perder o documentário sobre Manuel Cargaleiro, cuja visualização lhe permitirá compreender melhor o artista e a sua obra.

No edifício contemporâneo é possível apreciar cerca de duzentas obras de Manuel Cargaleiro, naquilo que constitui um roteiro pela sua vida e obra. No primeiro piso encontramos um núcleo que evidencia as diversas fases do artista, desde a década de 50 até à actualidade, com principal destaque para a área da pintura. No segundo piso estão expostas obras de relevo do artista enquanto ceramista, numa retrospectiva pelo seu percurso e pelas técnicas utilizadas. No último piso está patente a exposição “Cargaleiro e Amigos”, a qual incide sobre uma parte dos 70 anos do percurso artístico do mestre. Entre esculturas, pinturas e desenhos, as obras dos trinta e sete artistas representados nesta exposição servem como apresentação e convite à exploração da história da cultura e da arte, ao mesmo tempo que constituem um manifesto que remete para a celebração da arte e da amizade.




LUGARES: Museo Nacional de Cerámica y Artes Suntuarias González Martí
Palacio del Marqués de Dos Aguas, Valencia (Espanha)
De Terça a Sábado das 10:00 às 14:00 e das 16:00 às 20:00 horas.
Domingos e Feriados das 10:00 às 14:00
Encerrado às Segundas

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O Museo Nacional de Cerámica y Artes Suntuarias González Martí está situado no Palacio del Marqués de Dos Aguas, na cidade de Valencia (Espanha). Foi inaugurado em 18 de Junho de 1954, a partir da doação ao Estado da coleção de cerâmica de Manuel González Martí. Independentemente da parte museológica e do valor e interesse das obras expostas, o Palácio merece, por si só, uma visita. Declarado monumento historico-artistico en 1941, foi adquirido pelo Estado em 1949 para receber a coleção de cerâmica. De planta quadrangular irregular, está organizado em torno de um pátio e com torres nos cantos. O imponente portal principal, todo em alabastro, é encimado pela imagem da Virgem do Rosário e ladeado por dois atlantes (colunas antropomorfas) com um aspecto de voluptuosidade transbordante e que simbolizam dois rios, numa alusão ao título dos marqueses. Decoradas com estuques e pinturas murais, as salas apresentam, para além de parte do mobiliário original, pinturas e objetos variados.

O percurso museológico foi desenhado cronologicamente, começando por uma abordagem ao período neolítico, com amostras de materiais e peças de diferentes culturas. A cerâmica hispano-árabe está bem representada, principalmente com exemplares das oficinas muçulmanas da região de Valência, destacando-se as dos séculos XIII e XIV decoradas a verde e manganês. Estes tipos de cerâmica estão na base da cerâmica de produção espanhola e cristã a partir de Málaga e que se estendeu posteriormente a Valência. Em lugar de destaque encontramos a cerâmica de Manises de louça dourada cujo enorme sucesso no Século XV, fez com que se exportasse para toda a Europa onde serviu para ornamentar os salões da nobreza. Louça do Renascimento, azulejaria heráldica, louça dourada de inspiração mourisca e porcelana chinesa e suas imitações tomam conta das salas dedicadas aos séculos seguintes. A Real Fábrica de Alcora, o grande centro inovador da porcelana valenciana no século XVIII, está aqui igualmente bem representada.

O advento do modernismo levou à recuperação das peças cerâmicas com reflexos metálicos, aplicando-se à decoração arquitetónica de interiores e exteriores de edificios, bem como a objetos decorativos. Estão neste caso algumas obras do escultor valenciano Mariano Benlliure. A cerâmica de autor está igualmente representada com diversas obras de autores do Século XX, entre as quais se encontram algumas doações de Pablo Picasso.





VISITA GUIADA: Casa da Memória de Guimarães 

Avenida Conde Margaride, Guimarães

Terça a Domingo | 10h00 – 13h00 e 14h00 – 19h00 (última entrada às 18h30)


De que servem as memórias se não as partilharmos? Este será, porventura, um dos princípios subjacentes à instalação dos museus, que não apenas o de servirem de depósitos de obras de arte, independentemente do género ou da época. As memórias geram afetos e os afetos geram memórias. E assim meti pés ao caminho e segui rumo a Guimarães, ao encontro da Casa da Memória em dia de programa especial.

Natural da cidade-berço, Ana Sofia Ribeiro - a figura por detrás de Lince, projeto musical a solo - foi a convidada da Casa da Memória de Guimarães para uma visita guiada de partilha das suas próprias memórias. Ao encontro de espaços onde nasceu e viveu, de gente com quem aprendeu e que fizeram dela aquilo que é hoje. Ao correr das histórias e memórias, convocando memórias e histórias junto dos que lhe são próximos e menos próximos, mesmo daqueles que, como eu, nada tinham de ligação a Guimarães. Ou julgavam que não tinham!

Um fim de tarde dos que ficam na memória, em excelente companhia, vivendo e revivendo o doce aroma das Tortas de Guimarães na Pastelaria Clarinha, o rufar dos tambores nas Festas Nicolinas ou o bairrismo e a eterna rivalidade com Braga, a cidade capital de Distrito; mas também "O Comércio de Guimarães" de quem fui leitor assíduo ou as caricas com os jogadores do Vitória e a eterna "frustração" de não se pintarem as camisolas por serem brancas. Memórias na Casa da Memória, num processo dinâmico, interativo e inteligente de reinterpretação e reconstrução, elevando o desígnio da partilha a um expoente de grandeza superior. Que nos enriqueceu e nos proporcionou imenso prazer!




VISITA GUIADA: "A Cerâmica e a Arquitetura Modernista em Ovar"
13 Mai 2017 | sab | 10:30


Em mais uma excelente iniciativa da Câmara Municipal de Ovar, o participante é convidado a observar a cidade e as marcas do período modernista gravadas na azulejaria e na arquitetura de Ovar. A visita guiada tem início na Sala dos Fundadores do Museu de Ovar, dando a ver um conjunto de obras de artistas do período modernista, com destaque para Querubim Lapa e Jorge Barradas.

Barradas volta a estar em destaque no momento seguinte, ao encontro do Tribunal Judicial da Comarca de Ovar. São dele os painéis de azulejos do exterior, são dele igualmente alguns painéis do interior, ao lado de outros painéis da autoria de Maria Keil. Mas sobretudo impressiona o fresco de Guilherme Camarinha, "Fauna do Mar", que ocupa o espaço nobre da Sala de Audiências do Tribunal e que representa um tributo às gentes do mar.

O Mercado de Ovar, da autoria do Arquiteto Januário Godinho, é outro dos pontos altos desta visita ao Modernismo da cidade, a qual termina junto à Igreja Matriz, onde se apreciam novas expressões artísticas, com a "street art" a ir buscar inspiração ao azulejo.

A diversidade de formas, estilos e momentos da azulejaria na cidade ganham uma expressão superior com este tipo de iniciativas, contribuindo para a sensibilização e preservação dum património que é único. E que é nosso!



LUGARES: Museu do Calçado
Rua Oliveira Júnior, nº 591
3700-204 S. João da Madeira


A humanidade percorreu um longo caminho desde o surgimento dos primeiros hominídeos. Este não foi um caminho fácil em termos de evolução e aprendizagem. Pelo contrário, a humanidade foi confrontada com os mais diversos desafios e condições adversas. E encontrar soluções para esses desafios poderia ser a diferença entre a sobrevivência ou a pura extinção. Por isso, desde muito cedo, homens e mulheres perceberam que teriam que proteger precisamente aquilo que os faria andar: os seus pés.

Conhecer a história do calçado é conhecer a história da humanidade. A evolução dos costumes e da cultura, a evolução da técnica e da tecnologia, a evolução do pensamento e do conhecimento, ditarão a evolução do próprio calçado que é, antes de mais, um reflexo da sociedade e das suas idiossincrasias.


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