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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

CONCERTO: Harlem Gospel Choir



CONCERTO: Harlem Gospel Choir
Cine-Teatro de Estarreja
01 Dez 2018 | Sab | 21:30


Há uma década que os Harlem Gospel Choir elegem Portugal para uma série de concertos nesta altura do Natal. Voltaram a fazê-lo este ano, numa digressão que incluiu na sua agenda o Cine-Teatro de Estarreja, propondo um momento único de festa e celebração da música através de um repertório cuidadosamente escolhido entre os seus temas mais conhecidos e aclamados. Mantendo um diálogo constante com o público e convidando a uma participação activa nos vários temas interpretados, o Harlem Gospel Choir contagiou os presentes e pôs a sala a dançar, literalmente, ao longo de quase duas horas, derramando magia nas suas vozes e nos seus gestos e ritmos.

Composto por nove elementos e dois instrumentistas – teclados e percussão -, o Harlem Gospel Choir é uma espécie de “globetrotter” da música coral, aliando ao virtuosismo e qualidade vocal um sentido único do espectáculo, fazendo de cada concerto um momento de júbilo. Em Estarreja, o coro arrancou com “I Love to Praise Him” e “Jesus Is His Name”, dois temas evangélicos entoados com uma alegria e uma energia transbordantes, dando o mote para o muito de bom que estava para vir. Seguiu-se um momento de tributo a Aretha Franklin, recordando a “rainha da soul” recentemente desaparecida e vincando a importância do seu exemplo na génese e essência deste grupo. “Take My Hand, Precious Lord”, “You Make Me Feel (Like a Natural Woman)” ou “Respect” foram hinos sentidos nas vozes do grupo, Aretha lembrada com intensidade, respeito e uma profunda emoção.

Interpretada de forma magistral por uma das vozes femininas do coro, num solo de arrepiar, “Amazing Grace” surgiria imediatamente após o intervalo, mostrando o porquê de ser este um dos temas mais amados pelos americanos e um dos preferidos da quadra natalícia. Houve ainda lugar a um “duelo de pandeireta”, momento divertido e de enorme virtuosismo à volta deste popular instrumento, bem como uma interpretação extraordinária de “Oh Happy Day”, abrilhantada pela presença em palco de Cátia, uma jovem “repescada” na assistência e que deu uma réplica com tanto de fantástico como de absolutamente inesperado. Vibrante e arrebatada, “Celebration” foi o “grand finale” dum concerto que perdurará na memória daqueles que tiveram o privilégio de o viver e sentir.

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